Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8397

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Iara Magalhães Ribeiro
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros Dayana Alersa Conceição Ferreira, Fabiana Rocha Araújo, FABRICIO LUCIANI VALENTE, Wesley Santos Dornellas
Título Tratamento de defeito ósseo com compósito de hidroxiapatita, policaprolactona e alendronato em olécrano de coelhas com osteoporose induzida – Avaliação Histológica
Resumo A osteoporose é uma afecção metabólica do tecido ósseo caracterizada por perda de massa e redução da densidade, além de danos na microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas. O tecido ósseo possui capacidade regenerativa e é capaz de restabelecer sua estrutura óssea quando há processo patológico. No entanto, sua capacidade de reparação é limitada em casos de perda excessiva de tecido, como no caso da osteoporose. Esta perda é uma complicação que tem levado pesquisadores á procura de biomateriais que contribuem para a regeneração óssea. Hidroxiapatita (HA) é o principal componente mineral do osso e sua forma sintética é usada no reparo de fraturas ósseas. A associação entre HA e policaprolactona (PCL) na formulação de biomateriais é uma iniciativa promissora para melhorar a regeneração óssea, compensando limitações individuais, como a fragilidade e a hidrofobia da HA e a baixa bioatividade da PCL. O alendronato (ALN) é um bisfosfonato utilizado no tratamento de várias condições ósseas devido à sua poderosa atividade inibidora de reabsorção óssea, promovendo a proliferação óssea. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da associação de compósitos de HA, PCL e ALN em defeitos ósseos circulares de 5 mm de diâmetro produzidos no olecrano direito de coelhas com osteoporose induzida. Dezessete coelhas da raça Nova Zelândia foram distribuídas em três grupos, recebendo como tratamento: (1) compósito de HA (50%), PCL (50%); (2) HA (49,5%), PCL (49,5%) e ALN (1%); e (3) solução salina 0,9%, constituindo o grupo controle. As amostras para análise histológica foram coletadas dos 17 animais aos 42 dias de pós-operatório. O processamento foi realizado por técnicas histológicas de rotina, com descalcificação em solução de ácido fórmico e citrato de sódio. Secções de 5 mm de espessura foram coradas com hematoxilina e eosina. Os valores obtidos na histomorfometria foram avaliados pelo teste ANOVA, seguido pelo teste de Tukey em caso de significância, considerando α = 5%. Não houve diferença estatística entre os tratamentos nos valores obtidos para tecido conjuntivo (p=0,221), osso (p=0,334) e medula (p=0,109), com grande variabilidade individual entre os animais para esses valores. Entretanto, houve diferença na presença de biomaterial (p=0,027). A quantidade de biomaterial encontrada nas amostras do grupo HA + PCL foi maior que zero, comparada ao grupo controle, que não recebeu qualquer biomaterial. Porém, a quantidade de biomaterial no grupo HA + PCL + ALN, embora presente, não pôde ser estatisticamente considerada maior que zero. Isto pode indicar que o biomaterial empregado no grupo HA + PCL + ALN pode ser reabsorvido mais rapidamente que o do grupo HA + PCL. Desse modo, a partir das análises histológicas e histomorfométricas, conclui-se que os tratamentos não aumentaram a formação óssea.
Palavras-chave regeneração óssea, biomaterial, osteoporose
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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