Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8393

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Mariana Moreira Neves
Orientador SILVIA ALMEIDA CARDOSO
Outros membros Alessandra Teixeira de Paula, José Renan Vieira da Costa Junior, LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA, Patrizia Mello Coelho
Título Determinação da presença de lectina em farinha de feijão branco (Phaseolus vulgaris)
Resumo Lectinas são proteínas ou glicoproteínas de origem não relacionada com o sistema imunológico, porém capazes de reconhecer sítios específicos em moléculas e ligar-se reversivelmente a carboidratos. Podendo ser encontradas em uma ampla variedade de espécie de plantas e animais, as lectinas em geral, estão presentes em maior quantidade em grãos de leguminosas e gramíneas. Lectinas são classificadas com fatores antinutricionais, pois alteram a biodisponibilidade dos nutrientes de forma variada, interferindo desde a digestibilidade até a permeabilidade intestinal. A utilização, cada vez maior, de alimentos pouco processados ou in natura pode expor a população aos efeitos deletérios dos fatores antinutricionais, como lectinas. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a presença de lectinas, em farinhas de feijão branco (Phaseolus vulgaris) comercializados, visto que a presença destes fatores antinutricionais tem implicação direta na saúde humana. Inicialmente foi preparado e caracterizado um extrato bruto de farinha de feijão branco, a presença de lectina no extrato foi determinada em ensaio de hemaglutinação com eritrócitos de carneiro. Posteriormente o açúcar específico, de ligação da lectina, foi determinado por inibição de aglutinação. Com intuito de avaliar a implicação do uso da farinha de feijão branco, foi realizado ensaio em modelo murino. Camundongos da linhagem BALB/c, foram tratados por 14 dias com duas doses de extrato (2150mg/kg e 5300mg/Kg) em 0,5 mL, por gavagem. Um grupo controle recebeu apenas solução salina. O peso corporal dos animais foi avaliado diariamente, e após o tratamento todos os animais forma eutanasiados, para coleta do intestino. Após processamento do órgão, foi realizada a análise histológica da mucosa do jejuno proximal. Desta forma, após a confirmação da presença de lectina no extrato bruto de farinha de feijão branco e bem como dos açúcares que inibem a aglutinação, foram realizados os tratamentos com duas concentrações distintas do extrato. Observou-se que os animais que receberam o extrato por 14 dias, em ambas concentrações, tiveram perda de peso significativa em relação ao grupo controle. Entretanto apenas o grupo que recebeu maior dosagem de extrato apresentou alteração histológica na mucosa do jejuno, caracterizada por infiltrado inflamatório. Podemos concluir que o extrato de farinha de feijão branco, apresenta lectina e sugerimos que esta pode estar relacionada com os danos intestinais e com a perda de peso, observados nos animais tratados com a mesma.
Palavras-chave lectinas, farinha, feijão branco.
Forma de apresentação..... Painel
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