Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8333

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marina Martins Santos
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Danilo Manzini Macêdo, Lorena Chaves Monteiro, Maristela Vieira de Souza Clavery
Título ////Abordagem terapêutica em bezerra com diarreia : Relato de caso
Resumo A diarreia é umas das principais causas de perda econômica na criação de bezerras leiteiras devido à alta incidência da doença, ao baixo desempenho dos animais e a alta mortalidade.Os principais agentes causadores são os vírus (coronavirus e rotavirus), e as bactérias, principalmente as gram negativas como E.coli, Salmonella spp. e Campylobacter spp. Além destes agentes, fatores ambientais, cuidados com a bezerra ao nascimento e o manejo nos dias subsequentes também estão envolvidos. Foi atendido no Hospital Veterinário do Departamento de Veterinária da UFV uma bezerra holandesa de 30 dias de idade, com histórico de diarreia e anorexia já com três dias de duração. Ao exame clínico, observou-se apatia, taquipnéia, taquicardia, desidratação moderada, fezes de consistência líquida com odor fétido e leve hematoquezia. Exames complementares revelaram leucocitose por neutrofilia e com desvio à esquerda. Com base na história e achados clínico-laboratoriais, decidiu-se iniciar o tratamento com antimicrobiano, anti-inflamatório e hidratação enteral. A droga de escolha foi a sulfadoxina associada ao trimetoprim na dose de 30mg/kg. No segundo dia o animal apresentou também atonia ruminal e intestinal, o que o levou a um quadro de aquesia. Assim sendo optou-se pela substituição da sulfa/trimetoprim pelo florfenicol (20 mg/kg ) e ainda realizou-se a transfusão de sangue total (20 ml/kg) e hidratação intravenosa. Ao final deste dia ainda foram administrados 3 litros de leite por meio de sonda. Já no dia seguinte (terceiro dia) o animal apresentou diarreia profusa, então optou-se pela continuidade da hidratação enteral, entretanto desta vez por via nasogástrica com fluxo contínuo, devido ao baixo custo, ao fato de ser pouco traumática e ainda permitir que a bezerra fique livre na baia. Após seis horas de hidratação enteral, o animal já estava mais alerta, e no outro dia o mesmo se encontrava alerta, com apetite normal e com as fezes pastosas, tendo alta no quinto dia. Em bezerras com diarreia é vital que se corrijam os desequilíbrios hidroeletrolíticos e ácido-base que acompanham esses casos e que isso deve ser feito por meio da hidratação, que também tem por objetivo a recomposição da volemia e da homeostase. Essa hidratação por ser feita por via intravenosa ou enteral, sendo que a enteral pode ser realizada por sonda orogástrica ou nasogástrica. De acordo com o caso referido acima a hidratação do animal foi um fator determinante na sobrevivência do mesmo. Além disso, o uso da transfusão de sangue total como forma de aumentar a imunidade foi de suma importância para recuperação do animal. Conclui-se portanto que, como a diarreia é considerada uma das principais causas de morte em bezerras leiteiras, torna-se imprescindível uma abordagem terapêutica adequada para a sobrevivência do paciente.
Palavras-chave Bezerros, diarreia, tratamento
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.