Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8332

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Pedro Hermano Marques Goncalves Nascimento
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros ANGELO PALLINI FILHO, Eliza Cristina Soares Franklin, Felipe Colares Batista, Henry Eduardo Vacacela Ajila
Título Toxicidade da calda sulfocálcica sobre ácaros predadores de ocorrência espontânea na cultura do morangueiro na Zona da Mata Mineira
Resumo Em sistemas de cultivo orgânicos e sem agrotóxico (SAT), o controle biológico e o uso de caldas a base de produtos não sintéticos são algumas das poucas alternativas ao controle químico convencional, normalmente utilizado para o controle de pragas. A calda sulfocálcica tem sido utilizada por produtores orgânicos e SAT visando controle de ácaros na cultura do morango. Entretanto, ainda muito pouco é sabido sobre os seus efeitos em organismos não-alvo que normalmente ocorrem na cultura. Assim, o presente trabalho foi conduzido com o objetivo de gerar informações que permitissem a integração do uso da calda sulfocálcica (i.e., estabelecer concentrações que garantam a eficiência contra as pragas) e de agentes naturais de controle biológico de pragas. Para isso, foi avaliada a toxicidade da calda sulfocálcica aos ácaros predadores Phytoseiulus macropilis (Banks) e Neoseiulus anonymus (Chant & Baker) e à praga alvo, o ácaro-rajado, Tetranychus urticae (Koch). Primeiramente, foram conduzidos bioensaios de concentração-mortalidade para o estabelecimento das concentrações letais (i.e., CL) para os ácaros predadores e o ácaro praga. Posteriormente, foi avaliada a viabilidade de ovos dos predadores e da praga, após serem expostos a doses da calda que são comumente utilizadas em cultivos orgânicos (i.e. 2%). Os resultados dos testes de toxicidade mostraram que os ácaros predadores P. macropilis (CL50 = 5,04 %) e N. anonymus (CL50 = 5,42 %) foram mais susceptíveis do que o ácaro rajado (CL50 = 13,21 %) à calda sulfocálcica. Além disso, os ovos dos ácaros T. urticae e N. anonymus foram altamente susceptíveis, apresentando cerca de 80% de inviabilidade quando tratados com soluções da calda a 2%. Já os ovos do ácaro predador P. macropilis foram menos susceptíveis ao produto, com uma média de 49,3% de inviabilidade. Desta forma, pode-se concluir que apesar do efeito letal da calda sulfocálcica no ácaro praga, principalmente na fase de ovo, o seu uso não é compatível com os ácaros predadores P. macropilis e N. anonymus. De modo geral, o produto foi mais tóxico aos ácaros predadores do que à praga alvo, indicando que seu uso em cultivos orgânicos de morangueiro precisa ser mais bem investigado. Novas pesquisas avaliando efeitos de concentrações subletais da calda sulfocálcica (e.g., em parâmetros comportamentais e reprodutivos) podem permitir a compatibilidade do seu uso com o controle biológico, assegurando a presença de inimigos naturais que normalmente ocorrem nestes sistemas.
Palavras-chave Calda sulfocálcica, Phytoseiulus macropilis, Neoseiulus anonymus.
Forma de apresentação..... Oral
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