Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8307

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Natália Benevenuto Lopes
Orientador PEDRO SEYFERTH RIBEIRO ROMANO
Título Estudo osteológico e morfométrico do crânio de cágados Chelidae (Testudines, Pleurodira) e suas implicações morfofuncionais e ecológicas
Resumo Os Chelidae sul-americanos apresentam uma ampla variação em sua morfologia craniana e na estratégia de captura de presas, variando de uma dieta especialista a generalista. Assim, objetivou-se descrever, quantificar e comparar a variação observada nos crânios através de morfometria geométrica. Para tal, determinou-se 42 marcos anatômicos (i.e. coordenadas cartesianas) em vista dorsal, 43 em vista ventral e 27 em vista lateral de 21 crânios de 11 espécies de Chelidae: Mesoclemmys hogei (Mertens, 1967); M. tuberculata (Luederwaldt, 1926); M. gibba (Schweigger, 1812); M. dahli (Zangerl & Medem, 1958); Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812); Acanthochelys radiolata (Mikan, 1820); A. spixii (Duméril & Bibron, 1835); Platemys platycephala (Schneider, 1792); Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820); H. tectifera (Cope, 1869) e Chelus fimbriata (Schneider, 1783). As coordenadas foram sumarizadas em uma matriz e o conjunto de caracteres foi analisado através de grades de deformação (Thin-Plate Splines) e por meio da Análise de Componentes Principais (PCA). As variações das configurações nas vistas dorsal e lateral estão associadas principalmente às variações referentes ao hábitat (projeções relativas dos entalhes lateral e caudal do crânio), enquanto a vista ventral retém características da configuração que estão mais associadas à dinâmica alimentar (superfície de trituração, superfície de articulação da mandíbula, projeção do processo troquelar do pterigoide, projeções do quadrado, esquamosais e maxila). No PCA da vista ventral houve estruturação clara dos gêneros associados à dinâmica de captura de presas por sucção compensatória (Chelus e Hydromedusa) e dos gêneros onívoros (Mesoclemmys, Phrynops, Acanthochelys e Platemys). Os indivíduos que compõe este último grupo diferem-se com relação ao grau de durofagia, sendo Mesoclemmys e Phrynops mais durofágicos e Acanthochelys e Platemys menos. A partir disso conclui-se que existem tanto variações ecológicas associadas ao hábito de vida e dieta, como diferenças evolutivas que geram padrões de variação na morfologia craniana de Chelidae sul-americanos.
Palavras-chave osteologia comparada, morfometria geométrica, ecologia
Forma de apresentação..... Painel
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