Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8291

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Raíra Saloméa Nascimento
Orientador MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER
Outros membros Brendow de Oliveira Fraga
Título O Modelo Slow City e as Tecnologias Sociais para o desenvolvimento local: o caso de Rio Doce - MG
Resumo Em tempos de produção exaustiva e profusão de tecnologias para encurtar o tempo e a distância, a sociedade se vê, a cada minuto contado do dia, mais distante da qualidade de vida idealizada. Surgem dessa percepção movimentos alternativos para o desenvolvimento territorial a partir da mudança da lógica produtiva e da valorização dos saberes tácitos e explícitos dos indivíduos. Entre eles o movimento cultural de desaceleração Slow. Emergente na década de 1980 na Europa ele sugere novas formas de gestão participativa para o meio ambiente, as cidades e as mais diversas ações do cotidiano, como educação, alimentação e turismo, respeitando o ritmo natural de cada pessoa e da natureza. Em sua vertente para cidades, conhecida como Slow City, ou Cidades do Bem Viver, o movimento propõe a gestão pública orientada para os cidadãos, a fim de solucionar os problemas da comunidade, bem como identificar e viabilizar novas oportunidades para o município, transformando o cidadão em coprodutor de políticas e serviços públicos. Na mesma via desse movimento, as Tecnologias Sociais, emergentes do Brasil também na década de 1980, surgem como um novo modelo gerador de ciência para o desenvolvimento social sustentável. As Tecnologias Sociais são uma alternativa estratégica para mobilizar territórios e atores sociais a fim de solucionar problemas sociais e econômicos, valorizando o potencial e a cultura locais, fugindo da dependência e do direcionamento mercadológico, comuns nas tecnologias convencionais. Para observar a interação entre esses dois movimentos congruentes, este trabalho aborda as experiências do município Rio Doce, em Minas Gerais, que deu início em 2015 ao processo de adequação para se tornar a primeira Slow City brasileira. Rio Doce é a sede da nascente do rio homônimo e uma das cidades atingidas pela maior tragédia ambiental brasileira, ocorrida em 2015, com o rompimento da barragem de dejetos de minério em Bento Rodrigues, distrito de Mariana – MG. Acompanhando o processo de implementação do modelo Slow City no município e utilizando entrevistas semiestruturadas de caráter qualitativo com atores sociais envolvidos em atividades que podem ser identificadas como Tecnologias Sociais potenciais, foi possível estabelecer a relação entre os princípios das Tecnologias Sociais e o Movimento Slow City e como eles podem promover o desenvolvimento local de forma conjunta. Como resultado, elaborou-se um modelo a ser utilizado como diretriz do desenvolvimento local em cidades que tenham o potencial para desenvolver Tecnologias Sociais. Tal modelo adota como contexto de inserção a filosofia geral do Movimento Slow. Dessa forma, reafirma-se a legitimidade de movimentos contrários ao modelo de produtividade corrente e a contribuição destes para a gestão pública e o desenvolvimento local do município por meio do fortalecimento das potencialidades locais, produzindo efeitos tangíveis e intangíveis.
Palavras-chave Tecnologias Sociais, Slow City, desenvolvimento local
Forma de apresentação..... Oral
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