Resumo |
Brontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae) predam lagartas de lepidópteros desfolhadores em sistemas florestais. Estes inimigos naturais podem ser criados com dieta artificial e plantas de eucalipto. O alto desempenho biológico e reprodutivo deste predador é essencial para programas de controle biológico, no entanto, gerações sucessivas em laboratório podem afetar esses comportamentos. O conhecimento do período de postura de predadores e parasitoides pode melhorar técnicas de liberação e a eficiência desses inimigos naturais. Metodologias de criação podem ser avaliadas com parâmetros reprodutivos como o número de posturas/fêmea, ovos/fêmea/dia, ovos/postura, viabilidade de ovos, períodos de pré-oviposição, oviposição e pós oviposição e intervalo entre posturas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da duração do estágio ninfal na reprodução e expectativa de vida do predador B. tabidus com plantas de Eucalyptus cloeziana e alimentado com pupas de Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae) em campo. Os tratamentos foram representados por ninfas de B. tabidus alimentadas com pupas de T. molitor em plantas de E. cloeziana. Fêmeas de B. tabidus foram separadas de acordo com a duração da fase ninfal em fêmeas de fase curta (a) e fêmeas de fase longa (b), e tabelas de vida foram elaboradas para o mesmo. A mortalidade e o número de ovos depositados foram observados diariamente. As ninfas de B. tabidus foram mantidas em ramos de eucalipto envoltos com sacos de tecido organza branco (20x30 cm) e receberam, diariamente, pupas de T. molitor, e a água foi fornecida em tubos de 2,5 ml fixados aos galhos das plantas com fita adesiva. Indivíduos B. tabidus, com fase ninfal curta, apresentaram maior taxa líquida de reprodução (Ro) e menor duração de uma geração. A expectativa de vida (ex) de fêmeas de B. tabidus, oriundas de estágio ninfal mais curto foi maior. Fêmeas de B. tabidus, originadas de ninfas de fase mais curta, devem ser utilizadas para a produção massal e uso desse predador em programas de controle biológico de pragas. |