Resumo |
Introdução: O mecanismo da termorregulação é o principal responsável pela manutenção da temperatura interna do corpo humano em aproximadamente 37ºC, sendo definida como a manutenção das temperaturas de um corpo dentro de uma gama restrita de condições que envolvam cargas de calor interno ou externo variáveis. Além disso, sabe-se que o exercício físico causa um aumento da temperatura devido ao aumento da taxa metabólica. No que se refere à Síndrome de Down, ela é caracterizada como uma desordem genética, especificamente no par de cromossomo 21. Entretanto, não existem dados relativos à regulação da temperatura corporal nessa população durante o exercício. Objetivo: Medir a temperatura corporal durante o exercício em pessoas com Síndrome de Down. Metodologia: A amostra consistiu em 12 pessoas do sexo masculino, divididos em dois grupos: Grupo Controle (CON; n=6) e Síndrome de Down (SD; n=6) devidamente pareados pela área de superfície corporal (CON: 1,75±0,17 m² vs. SD: 1,75±0,16 m²; p>0,05) e idade (CON: 32,17±3,71 anos vs. SD: 33,00±4,20 anos; p>0,05). Foram realizadas duas sessões laboratoriais: 1ª sessão) Os indivíduos foram submetidos a um protocolo de exercício progressivo até a fadiga em cicloergômetro, para a estimativa da carga de trabalho (W); 2ª sessão) Chegada ao laboratório (~08:00h), 1h de repouso, seguida de uma sessão de exercício intermitente submáximo (65% da carga de trabalho obtida na 1ª sessão) em cicloergômetro por 30 min. Como índice da temperatura corporal foi medida a temperatura gastro-intestinal (Tgastint), por meio de uma cápsula ingerível de telemetria, registrada a cada minuto. No final da sessão de exercício, os indivíduos permaneceram em repouso por 30 min. até serem liberados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (nº: CAAE 57130216.7.0000.5153). Para análise estatística usou-se o teste Anova two way de medidas repetidas (α=5%). Resultados: As cargas de exercício foram diferentes entre os grupos (CON: 70,00±27,39 W vs. SD: 53,33±4,08 W; p<0,05). Essa diferença pode ser explicada pela questão da hipotonia muscular presente na SD. A Tgastint foi semelhante entre os grupos durante o exercício (CON: 37,49ºC±0,28ºC vs. SD: 37,24ºC±0,21ºC; p>0,05). Conclusão: No presente trabalho a temperatura corporal não foi diferente em indivíduos com Síndrome de Down durante o exercício físico agudo submáximo. |