Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8259

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia Vegetal
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ivan Rodrigo Correa Leal
Orientador WAGNER LUIZ ARAUJO
Outros membros ADRIANO NUNES NESI, AGUSTIN ZSOGON, Luiz Mário Lopes Valente
Título Relação entre a síntese e sinalização do ácido salicílico com a dinâmica estomática em resposta ao estresse hídrico
Resumo O Ácido Salicílico (AS) é um hormônio vegetal usualmente envolvido nas respostas de defesa contra patógenos. Não obstante, plantas com elevada produção de AS são normalmente caracterizadas por uma redução na abertura estomática. No presente trabalho avaliou-se a relação entre deficiência na síntese e sinalização de AS e a dinâmica estomática em resposta a estresse hídrico em Arabidopsis thaliana. Para tanto utilizaram-se três mutantes: sid2-2 (salicylic acid induction deficient 2), mutante no gene que codifica a enzima isocorismato sintase (ICS1), responsável por uma etapa chave na biossíntese de AS; o mutante cbp60g, mutante no gene que codifica a proteína de união a calmodulina 60G (CBP60G), que participa na via de sinalização de resposta a patógenos e induz a síntese de AS em resposta a infecções bacterianas; e o mutante duplo cml46/cml47, mutantes nos genes que também codificam proteínas de união a calmodulina (CML46 e CML47). As plantas mutantes sid2-2, cbp60g e cml46/cml47 apresentaram reduções significativas no diâmetro da roseta, acompanhada da diminuição do número de folhas. Por outro lado, em condições não estressantes, as taxas fotossintéticas (A) e condutância estomática (gs), não foram afetadas em plantas mutantes sid2-2 e cbp60g. No entanto, as plantas mutantes cml46/cml47 apresentaram uma diminuição significativa nesses parâmetros, que afetaram significativamente na taxa transpiratória (E) e na eficiência de uso da água (WUE). Adicionalmente, a respiração no escuro (Rd) não foi alterada em todas as plantas mutantes. Embora alterações na densidade estomática não foram observadas, as plantas mutantes sid2-2 apresentaram um incremento significativo no índice estomático. No ensaio de perda de água da roseta destacada, as plantas mutantes sid2-2 apresentaram um padrão de perda de água similar as plantas tipo WT, ao passo que plantas mutantes cbp60g e cml46/cml47 apresentaram uma menor porcentagem de perda de água. Coletivamente, os resultados obtidos demonstraram que plantas mutantes sid2-2, não infectadas, apresentam níveis de AS aproximadamente a metade daqueles do tipo selvagem, além de não possuir a capacidade de fechar os estômatos em resposta à presença de patógenos; por outro lado, em situações de estresse hídrico o baixo conteúdo de AS não afetou a taxa de perda de água que foi similar as plantas tipo WT, confirmando que o fechamento estomático esta governado por outras vias metabólicas além do AS. No entanto, plantas mutantes cbp60g e cml46/cml47, apresentaram inicialmente uma baixa taxa de perda de água, indicando uma resposta rápida ao fechamento estomático. Tais plantas são caracterizadas pela perda da função na biossíntese e na sinalização de AS em resposta a patógenos sem no entanto, afetar os níveis basais de AS, sugerindo um papel do AS nas respostas rápidas durante o fechamento estomático.
Palavras-chave Ácido salicílico, estômatos, célula-guarda
Forma de apresentação..... Painel
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