Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8236

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia Agrícola
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marcos Vinícius Pereira Barros
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Érica Mangaravite, Everaldo da Silva Cruz, Meiriele da Silva, Melissa Faust Bocayuva
Título Identificação molecular de fungos micorrízicos e endofiticos de orquídeas
Resumo A família Orchidaceae é uma das mais numerosas do Reino Vegetal, porém, devido ao extrativismo e à destruição do seu ecossistema, muitas espécies estão desaparecendo ou em risco de extinção. As orquídeas possuem sementes muito pequenas e por não possuirem endosperma e cotilédone, necessitam do fungo micorrízico para a sobrevivência na natureza. A identificação correta desses fungos é necessária para melhor caracterizar a biologia da associação e, assim, dar suporte a programas de conservação das orquídeas. Duas espécies de orquídeas, Cattleya cinnabarina e Cattleya caulescens, foram coletadas em Mariana – MG e trazidas para o Laboratório de Associações Micorrízicas, DMB/UFV. Isolados fúngicos obtidos foram caracterizados via PCR (primers ITS1 e ITSTul) e sequenciamento. Após obtenção das sequências, elas foram alinhadas no software Sequencher e no DNAsp identificamos os haplótipos. A identificação em nível de espécie quando possível foi realizada com a ferramenta BLASTn (NCBI). Vinte e duas sequências foram obtidas a partir do sequenciamento de ambos os primers. Três sequências foram iguais, com 700 pares de base (pb), e foram de isolados obtidos de C. cinnabarina, denominado conjunto A. As sequências apresentaram 3 sítios com picos duplos (ambíguos), o que sugere que os dois núcleos presentes nesses fungos sejam distintos. Desses sítios, dois foram Y (nucleotídeos C e T) e um foi S (nucleotídeos C e G). As demais 19 sequências também foram similares entre si formando o conjunto de dados denomidado B, com 674 pb. Dentre essas 19 sequências, apenas uma (HB07A) apresentou um sítio ambíguo (Y) e a sequência foi duplicada, em uma sequência o nucleotídeo C foi mantido e em outra o T. Assim, o conjunto B passou a ter 20 sequências. Esse conjunto B apresentou dois sítios polimórficos, que geraram três haplótipos diferentes. O mais frenquente se repetiu em 12 sequências, 10 de isolados obtidos de C. caulescens e 2 de C. cinnabarina. O segundo haplótipo mais frequente, em seis sequências, também abrangeu isolados de ambas as espécies (dois isolados obtidos de C. caulescens e quatro de C. cinnabarina). O terceiro haplótipo se repetiu duas vezes (apenas de C. cinnabarina). O BASTn foi realizado com uma sequência (a mais frequente) de cada um dos conjuntos de dados. Para o conjunto A, encontramos 10 sequências no banco de dados (>95% identidade), sendo 6 delas identificadas apenas como pertencente à famíliaTulasnellaceae. Já no segundo grupo, o B, 90 sequências foram encontradas do banco de dados (>95% identidade), sendo 46 Tulasnella calospora. Assim, há grandes chances de o conjunto B pertencer a espécie T. calospora, enquanto o conjunto A apenas confirmamos pertencer à família Tulasnellaceae. Os isolados avaliados de C. cinnabarina apresentaram mais haplótipos e possuíram ambiguidades, o que os tornam mais diversos em relação aos isolados de C. caulescens. Isso pode ser um fator limitante para esta última espécie, visto que está em risco de extinção.
Palavras-chave Isolamento, PCR, sequenciamento
Forma de apresentação..... Painel
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