Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8216

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Morfologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Raquel Bicalho Bastos
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Daniel Silva Sena Bastos, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha, Marcela Nascimento Sertorio
Título Morfometria das regiões epididimárias corpo e cauda em ratos diabéticos expostos ao arsênio
Resumo A fertilidade masculina pode ser afetada pela exposição a poluentes ambientais, como exposição ao arsênio na água de beber, ou por desordens metabólicas crônicas, como a diabetes. Pouco se sabe sobre a ação combinada desses dois fatores sobre parâmetros reprodutivos masculinos, especialmente no epidídimo. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros morfométricos das regiões corpo e cauda de epidídimos de ratos diabéticos expostos ao arsênio. Ratos Wistar machos (CEUA/UFV-61/2016, n=20) foram divididos em 4 grupos experimentais: Controle (C): animais não diabéticos que não receberam arsênio; Controle Arsênio (CA): animais não diabéticos que receberam arsênio; CD: animais diabéticos que não receberam arsênio; Diabetes + Arsênio (DA): animais diabéticos que receberam arsênio. Arsenato de sódio (Na2HAsO4.7H2O) na concentração 10 mg/L foi administrado através da água de beber durante 40 dias, enquanto que a diabetes foi induzida via injeção intraperitoneal de estreptozotocina. Os epididímos foram coletados e processados histologicamente para inclusão em resina. Cortes de 3 µm foram obtidos e corados em solução de azul de toluidina-borato de sódio 1%. Dez campos histológicos aleatórios foram fotografados em fotomicroscópio no aumento de 10x. Nestes campos foram avaliados parâmetros morfométricos epididimários como diâmetro do ducto, diâmetro do lúmen e altura do epitélio, em duas regiões deste órgão, corpo e cauda, utilizando-se o software Image J. Os resultados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), sendo as médias comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls a nível de 5%. Os resultados foram expressos como média ± EPM. Na região do corpo, houve diminuição no diâmetro do lúmen em CD (232.16 ± 15.86) e DA (229.52 ± 7.19) em relação a C (272.54 ± 10.16) e CA (276.56 ± 10.17),e aumento da altura do epitélio em CD (32.55 ± 0.82) e DA (34.10 ± 1.51) quando comparados a C (29.15 ± 0.45) e CA (28.97 ± 0.65). O aumento do epitélio pode ter influenciado a redução do diâmetro luminal. Não houve diferença entre os tratamentos para o diâmetro do ducto. Já na região da cauda, houve diminuição no diâmetro do ducto em CD (351.00 ± 10.30) e DA (353.30 ± 10.85) em relação a C (401.92 ± 19.36) e CA (410.10 ± 2.92), bem como diminuição do diâmetro do lúmen também em CD (410.10 ± 2.92) e DA (299.60 ± 10.64) quando comparados a C (356.98 ± 21.16) e CA (367.40 ±3.54), e aumento da altura do epitélio em CD (27.85 ± 0.95) e DA (26.83 ± 0.54) em relação a C (22.47 ± 1.21) e CA (21.37 ± 0.64). As alterações morfométricas na cauda aconteceram em todos os parâmetros analisados, sugerindo uma maior susceptibilidade desta região aos efeitos da diabetes principalmente, mas também da ação combinada entre distúrbio metabólico (diabetes) e contaminação ambiental (exposição ao arsênio). Portanto, pode-se concluir que alterações na morfometria nas regiões corpo e cauda no epidídimo ocorreram em ratos diabéticos e ratos diabéticos expostos a arsenato de sódio.
Palavras-chave Epidídimo, hiperglicemia, arsênio
Forma de apresentação..... Painel
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