Outros membros |
Alice Cristina de Sampaio e Silva, Bruna de Souza Vieira, Cainã Cindra Castro, José Danizete Brás Miranda, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha, Mariana Leite Ambrosim, Pedro Henrique Costa Neves, Thales Claussem Vicente Corrêa |
Resumo |
A aula prática tem grande importância no processo de ensino. Através dela o aluno se transforma em sujeito ativo no processo de aprendizagem, pois ele vivencia a teoria apresentada em sala de aula. Isso desperta a curiosidade e o interesse, o que possibilita o desenvolvimento de habilidades. Nesse sentido, o projeto de extensão Bioenlace oferece aulas práticas para alunos da Escola Estadual Capitão Arnaldo Dias de Andrade, do município de Cajuri (MG). O objetivo dessas aulas é aliar a teoria à prática, por meio de metodologias simples, que contribuam para uma aprendizagem significativa. Neste contexto, o presente trabalho descreve uma aula ministrada para a turma de 2º ano do Ensino Médio, sobre o dogma central da biologia celular. Inicialmente, foi realizada uma abordagem teórica sobre a estrutura do DNA e uma prática sobre extração de DNA, utilizando uma banana. Essa etapa foi importante para que os alunos pudessem visualizar, macroscopicamente e de forma bastante simples, os ácidos nucleicos. Durante essa etapa, discutiu-se com os alunos as funções do DNA nas células e a sua participação na síntese proteica. Na segunda atividade, foram distribuídas plaquinhas brancas e azuis aos alunos, as quais representavam as bases nitrogenadas e, com base na complementariedade de bases do DNA, os alunos simularam a estrutura dupla fita da molécula. Na sequência, novas plaquinhas foram distribuídas, dessa vez com as bases nitrogenadas da molécula de RNA. Utilizando-se uma das fitas da molécula de DNA formada anteriormente, foi transcrito um RNA mensageiro. As bases que formaram essa molécula foram grampeadas em um barbante e, com a ajuda dos alunos foi simulado o processo de tradução. Um ribossomo foi construído com isopor e foram distribuídos vários tRNAs, com os aminoácidos correspondentes aos alunos. A cada trinca de bases que passava pelo ribossomo, o aluno que tinha o tRNA com o anti-codón correspondente e seu respectivo aminoácido se levantava e o trazia até o ribossomo. Cada novo aminoácido trazido era grampeado no anterior, formando assim uma cadeia polipeptídica. Por fim, os alunos simularam um “telefone sem fio”, no qual a mensagem era uma sequência curta de bases nitrogenadas. Em uma primeira rodada, a turma foi dividida ao meio e utilizou-se a mesma sequência nos dois grupos. Na segunda rodada, foi passando uma sequência única para a turma toda. Após discussões, os alunos perceberam que, nos dois casos, ocorreram modificações na sequência de bases e que a mesma foi bem mais evidente, na segunda rodada. Eles também discutiram a importância e os efeitos das mutações no genoma e suas implicações para os indivíduos. Os estudantes participaram de todas as atividades com entusiasmo, interagindo entre si e buscando explicações para cada nova situação que surgia. Portanto, conclui-se que as atividades realizadas contribuíram para que os alunos entendessem melhor os conteúdos abordados. |