Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8181

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Morfologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Caroliny Pires de Oliveira
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha, Marcela Nascimento Sertorio
Título Morfometria das regiões segmento inicial e cabeça de epidídimo de animais diabéticos expostos ao arsenato de sódio
Resumo A exposição a poluentes ambientais ou doenças metabólicas crônicas podem causar impactos nas funções reprodutivas masculinas. O arsenato é um composto de arsênio inorgânico, facilmente encontrado em águas superficiais. A diabetes é uma desordem metabólica caracterizada pela redução na produção ou ação da insulina no organismo, gerando hiperglicemia crônica. O objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros morfométricos do segmento inicial e da cabeça do epidídimo de ratos diabéticos expostos a toxicidade oral do arsenato de sódio. Vinte ratos Wistar machos (CEUA/UFV-61/2016) foram divididos em 4 grupos experimentais (n=5/grupo): Controle (C): animais não diabéticos que não receberam arsênio; Controle Arsênio (CA): animais não diabéticos que receberam arsênio; CD: animais diabéticos que não receberam arsênio; Diabetes + Arsênio (DA): animais diabéticos que receberam arsênio. O arsênio foi administrado na forma química de arsenato de sódio (Na2HAsO4.7H2O; 10 mg/L) via água de beber durante 40 dias e a diabetes induzida por meio de injeção intraperitoneal única de estreptozotocina. O epidídimo foi processado para microscopia de luz e os cortes histológicos corados em solução de azul de toluidina-borato de sódio 1%. Dez campos histológicos foram fotografados utilizando-se objetiva de 10x e o diâmetro do ducto, diâmetro do lúmen e altura do epitélio das regiões segmento inicial e cabeça foram medidos utilizando o software Image J. Os resultados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), sendo as médias comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls (p < 0,05) e expressos como média ± EPM. Não foram observadas diferenças significativas entre os parâmetros analisados na região do segmento inicial. Na região da cabeça, houve diminuição no diâmetro do ducto em CD (273.31 ± 7.70 µm) e DA (265.00 ± 14.00 µm) em relação a C (325.65 ± 11.49 µm) e CA (321.18 ± 12.34 µm), bem como diminuição do diâmetro do lúmen também em CD (222.06 ± 7.02 µm) e DA (200.45 ± 12.96 µm) em relação a C (276.02 ± 10.43 µm) e CA (263.20 ± 10.65 µm). A redução na morfometria do ducto pode ser influenciada pela redução do conteúdo luminal, que depende da presença de espermatozoides e fluido epididimário no lúmen. A altura do epitélio aumentou em DA (32.27 ± 1.60) quando comparados a C (24.82 ± 0.96 µm), CA (28.99 ± 1.58 µm) e CD (25.62 ± 0.68 µm). Esse aumento no epitélio pode ser uma compensação pela redução do diâmetro do ducto. Portanto, pode-se concluir que a exposição ao arsenato em animais hiperglicêmicos alterou parâmetros morfométricos na região da cabeça do epidídimo. A alteração metabólica (diabetes) foi mais danosa aos parâmetros morfométricos epididimários que a exposição ao arsênio sozinha. O segmento inicial não se mostrou susceptível aos dois fatores testados, ambiental e metabólico.
Palavras-chave arsênio, hiperglicemia, sistema reprodutor masculino
Forma de apresentação..... Painel
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