Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8180

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Carolina Gomes Domingos
Orientador GISELE MENDES LESSA DEL GIUDICE
Outros membros Gabby Neves Guilhon
Título Caracterização Anatômica dos Ossos da Cintura Pélvica de Monodelphis americana (Didelphimorphia, Didelphidae)
Resumo A Ordem Didelphimorphia é constituída pela maioria dos marsupiais do Continente Americano, inseridos em uma única família, Didelphidae. É composta por 19 gêneros e 100 espécies, distribuídos desde o Canadá até o sul da Argentina, habitando diferentes biomas. No esqueleto pós-craniano, a cintura pélvica é um complexo de três ossos (ílio, ísquio e púbis) que se unem no acetábulo formando uma única estrutura, com grande variação morfológica nos marsupiais Neotropicais. Esses ossos desempenham funções na sustentação, proteção e locomoção destes mamíferos. Na cintura pélvica, Cinodontes, Monotremados e Marsupiais, apresentam os ossos epipúbicos, que se articulam na parte superior do púbis,em conjunto com músculos, performando movimentos sincronizados que auxiliam na locomoção. Os objetivos desse trabalho foram testar dimorfismo sexual e caracterizar a anatomia dos ossos da cintura pélvica em machos e fêmeas de diferentes classes etárias da espécie. Foram utilizados 30 espécimes depositados na coleção científica do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV).Para estimar a idade relativa, foram feitas categorias etárias de acordo com a eclosão dos últimos molares (M). Para os juvenis foi considerado o M3 eclodindo ou erupto; para os subadultos, o P3 eclodindo (podendo apresentar o DP3 ainda fixado na maxila) e M4 eclodindo; os adultos apresentaram o P3 e M4 eclodidos. Foram aferidas 14 medidas lineares da cintura pélvica e dos ossos epipúbicos. As medidas foram aferidas três vezes com paquímetro digital e apenas a média foi transformada em logaritmos. Análise de Componentes Principais (ACP) foram realizadas para observar a variação entre machos e fêmeas e entre as categorias etárias. Além disso, foi feita uma ANOVA para testar o dimorfismo sexual. o resultado da ANOVA não evidenciou dimorfismo sexual, entretanto, na ACP houve uma tendência de separação entre os sexos nos indivíduos adultos.Para a cintura pélvica, as variáveis que mais contribuíram no primeiro componente principal (CP) indicando maior variação de tamanho, foram o comprimento do ísquio e o forâmen obturador e para o segundo CP indicando variação latente de forma, foram a largura do acetábulo e a largura do ísquio. Entre as medidas do osso epipúbico, as variáveis que mais contribuíram no primeiro CP foram as duas medidas de comprimento e no segundo CP foram o segundo maior longo comprimento e largura da ponta do osso epipúbico. Estes resultados demonstram que a cintura pélvica e o osso epipúbico dos adultos são maiores do que o de subadulto e evidencia o crescimento contínuo da espécie até a erupção de todos os dentes. Não houve variação na forma na análise morfométrica, e estão sendo analisados os caracteres morfológicos da mesma estrutura para futura comparação de dados. Esse trabalho pode ser utilizado como uma ferramenta para a estimativa da idade relativa a partir da morfometria da cintura pélvica de Monodelphis americana.
Palavras-chave Morfometria, Cintura pélvica, Monodelphis americana
Forma de apresentação..... Painel
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