Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8163

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Lucas Rodrigues Vieira de Sousa
Orientador Trazilbo José de Paula Júnior
Outros membros Ari Flávio Ferreira de Souza, Paôla Mirian Lima da Silva, Rogério Faria Vieira , Tatiane Cravo Ferreira da Silva
Título Efeitos de genótipos e de aplicações de fungicidas na incidência de Sclerotinia sclerotiorum nas sementes de feijão-comum
Resumo O mofo-branco (MB), causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Ss), é doença devastadora em áreas irrigadas de feijoeiro no Brasil. Ss sobrevive em sementes como micélio adormecido em tegumento e cotilédones. A transmissão de Ss por sementes é meio importante da dispersão de fungos. No método Neon-R para detecção de Ss em sementes, estas são incubadas em substrato de ágar semi-seletivo, PDA, alterado com azul de bromofenol e antibióticos, com pH 4.7. Esse método baseia-se na mudança da cor do substrato de azul para amarelo como resultado da ação do ácido oxálico produzido pelo patógeno. Avaliamos o efeito do número de aplicações de fungicidas (0, 1, 2 ou 3) e de genótipos (VC 17, Pérola ou Madrepérola) sobre a incidência de semente infectada com Ss (ISISs). Usamos sementes de três ensaios de campo, nos quais os tratamentos foram arranjados no fatorial 3 x 4. Esses ensaios foram realizados em Viçosa (2) e em Oratórios (1 ensaio) durante o outono-inverno, com irrigação por aspersão, em área naturalmente infestada com escleródios de Ss. Nesses ensaios, a linhagem VC 17 apresentou resistência parcial; a cultivar Pérola, resistência moderada, e Madreperola, susceptibilidade ao MB. O fungicida fluazinam (0,625 L/ha) foi aplicado no início do estágio de floração e repetido em intervalos de oito dias. De cada parcela de campo, 20 sementes aparentemente sadias foram depositadas sobre o meio de cultura de cada uma das 20 placas. Foi usado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. As placas foram incubadas a 20 ºC no escuro em BOD. Após dois dias, placas com halos amarelos em torno das sementes retornaram para a BOD para observar se produziam escleródios. Após 8 a 12 dias na câmara de incubação, placas com presença de escleródios indicam que pelo menos uma semente em 20 foi infectada por Ss. Em média, os SISs foram 0,068% no ensaio de Viçosa, 2015, 0,099% no ensaio de Viçosa 2016 e 0,109% no ensaio de Oratórios 2015. As pressões de MB nesses ensaios foram baixas, baixas / moderadas e moderadas / altas, respectivamente. Em média, as SISs foram 0,090% na Madrepérola; 0,104% na Pérola e 0,146% na VC17. Em média, as SISs foram 0,181% (sem fungicida), 0,069% (uma aplicação de fluazinam), 0,028% (duas aplicações) e 0,090% (três aplicações). As SISs da Madrepérola diminuiu de 0,208% (sem fungicida) para 0,021% (uma aplicação de fungicida). Nesta cultivar, a aplicação adicional de fungicida não afetou SISs. As SISs para Pérola diminuíram entre 64% (três fungicidas) e 91% (dois fungicidas) em comparação com as colhidas de plantas não tratadas com fungicida (0,229%). Os efeitos dos níveis de fungicidas não foram claros nas SISs da VC17, na qual as SISs variaram de 0,042% (duas aplicações) a 0,167% (três aplicações). Sem fungicida, a ISISs da VC17 foi 0,104%. Nossos resultados sugerem que a aplicação de fungicidas pode diminuir a incidência de sementes de Ss em alguns genótipos de feijão comum, mas não em outros.
Palavras-chave Phaseolus vulgaris, Mofo-branco, Neon
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.