Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8149

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor TAIS DELAZARI DE CARVALHO
Orientador ADENILSON ABRANCHES MONTEIRO
Outros membros Isabella Moreira Flores, ODILAINE INACIO DE CARVALHO DAMASCENO
Título Preparo e avaliação de diferentes emulsões no uso como têmperas na preparação de tintas naturais feitas com solos para fins artísticos
Resumo A arte da pintura é utilizada há muitos anos como forma de registrar acontecimentos. Nos primórdios dos tempos, as tintas eram feitas a partir de elementos vegetais, animais (como por exemplo, o sangue) e minerais. Os registros mais antigos eram expressos em superfícies rochosas e que posteriormente, a arte da pintura foi aplicada em cerâmicas, madeiras, tecidos etc. A pesquisa consistiu-se na preparação de tintas a partir de pigmentos de origem mineral extraídos do solo. Estas apresentam grande durabilidade e podem ser facilmente produzidas com baixo custo. Em um primeiro momento foi feita a coleta de solos em Viçosa e região, principalmente na UFV, e em seguida realizou-se a separação e preparação dos pigmentos. Para isso, foram utilizadas técnicas de separação físico-químicas como a peneiração, a decantação, a centrifugação e a maceração quando os blocos argilosos se encontravam compactos. Dentre elas, a mais empregada foi a decantação, que, apesar de ser um processo mais demorado, mostrou-se uma técnica eficaz, permitindo nítida separação entre os componentes do solo e de fácil aplicação. Em contrapartida, a centrifugação é mais rápida e apresenta resultado semelhante à técnica de decantação, mas necessita de equipamento específico para a sua realização. Após a preparação dos pigmentos, foi necessário preparar as emulsões que, junto a eles, formaram as têmperas finais. As emulsões testadas foram constituídas por água e acetato de polivinila - PVA (cola branca), por vinho branco e gema de ovo (têmpera ovo) e por cera de carnaúba e PVA. Depois que os pigmentos foram preparados, testou-se as tintas em diferentes superfícies, como por exemplo, em telas de pintura, tecidos sobre madeiras e folhas de papel aquarela. Os diferentes resultados foram observados provenientes do modo de preparação dos pigmentos, da emulsão utilizada e da superfície em que foram aplicadas as tintas. Além disso, foi analisada a estabilidade/durabilidade das emulsões. A têmpera ovo dura apenas alguns dias e deve ser mantida na geladeira precisando ser descartada após a junção dos pigmentos devido à proliferação de fungos. Enquanto isso, as emulsões a base de PVA duram um maior período, sofrendo apenas o endurecimento podendo ser reidratada. Para comparar os diferentes resultados obtidos através do uso de diferentes emulsões com mesmo pigmento, foi feito um mostruário em que alguns deles foram testados quanto à fixação e estabilidade. A química está presente em todo o processo, desde a separação de misturas, à aplicação nas superfícies e é responsável por explicar, por exemplo, a razão de o papel enrugar ao aplicar a tinta à base de PVA e água, mas não acontecer o mesmo nas telas de pintura. A composição química dos minerais presentes nos solos, dos componentes utilizados na preparação das emulsões e a afinidade com a superfície, foram aspectos estudados durante a realização da pesquisa mostrando a aplicação no aprendizado de química em nível de ensino médio.
Palavras-chave tintas de solos, têmperas alternativas, decantação e centrifugação
Forma de apresentação..... Painel
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