Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8140

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Caio Monteiro Costa
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Fabricia Modolo Girardi, Lorena Chaves Monteiro, Lucas Drumond Bento, Pedro Ancelmo Nunes Ermita
Título Parâmetros fisiológicos de vacas submetidas à hidratação enteral em fluxo contínuo – estudo piloto
Resumo Introdução: Como forma alternativa à via intravenosa, a hidratação enteral, tem se mostrado muito eficaz na reposição de fluidos e eletrólitos. A via clássica dessa modalidade terapêutica é a oral, onde é necessária a contenção do animal e a passagem da sonda a cada momento de administração da solução eletrolítica. Pode ainda ser realizada em fluxo contínuo, por meio de sonda nasogástrica de pequeno calibre, fixada em cabresto, que permite a infusão de uma grande quantidade de soro de maneira lenta, diminuindo o desconforto causado por sucessivas contenções, sondagens e distensão abdominal. Os impactos ao bem-estar de bovinos adultos, causados por esta técnica, são desconhecidos. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos produzidos, sobre o bem-estar de vacas, frente hidratação enteral em fluxo contínuo. Metodologia: O projeto foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFV) com o número 74/2015. Foram utilizadas duas novilhas mestiças, clinicamente saudáveis, com peso médio de 270kg, mantidos em baias individuais com boa iluminação e circulação de ar adequada. Foram testadas três formulações eletrolíticas: Tratamento 1 – 4g de NaCl, 0,5g de KCl, 0,3g de MgCl2¬, 1g de acetato de cálcio e 8mL de glicerol em 1L de solução (osmolaridade calculada: 272,9 mOsm/L); Tratamento 2 – 4g NaCl, 0,5g de KCl, 0,3g de MgCl2¬, 1g de acetato de cálcio e 15mL de propilenoglicol em 1L de solução (osmolaridade calculada: 388,9 mOsm/L); Tratamento 3 - 4g de NaCl, 0,5g de KCl, 0,3g de MgCl2¬ e 2g de propionato de cálcio (osmolaridade calculada: 295,9 mOsm/L). As soluções foram administradas a uma taxa de infusão de 15mL/kg/h durante 10h, através de sonda nasogástrica de pequeno calibre (5mm de diâmetro e 2m de comprimento), fixada em cabresto. Os parâmetros avaliados foram frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR), movimentos ruminais (MR) e circunferência abdominal (CA), aferidos imediatamente antes do início da hidratação e a cada período de duas horas e meia. Os dados foram submetidos à ANOVA de medidas repetidas para avaliação dos efeitos do tempo e dos tratamentos com post hoc de Tukey, com nível de significância de 5%. Resultados: Não foram observadas alterações significativas entre tempo nem entre os tratamentos e todos os parâmetros permaneceram dentro dos valores de referência para a espécie. Durante todo o experimento os animais andaram, deitaram e ruminaram dentro da baia, sem demonstrarem qualquer comportamento que caracterizasse estresse e/ou incômodo. Conclusões: A hidratação enteral via nasogástrica em fluxo contínuo, mostrou-se de fácil aplicação e muito bem tolerada pelos animais, podendo ser incluída no hall de técnicas a serem empregadas na terapêutica de grandes animais, requerendo ainda estudos sobre a formulação ideal da solução eletrolítica e a taxa de infusão mais adequada para a espécie bovina.
Palavras-chave Sonda nasogástrica, estresse, ruminantes
Forma de apresentação..... Painel
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