Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8136

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Renata Maria Pereira de Freitas
Orientador MARIELLA BONTEMPO DUCA DE FREITAS
Outros membros David Leonardo Justinico Castro, Jerusa Maria de Oliveira, Pedro Henrique Costa Neves
Título Diferenças na capacidade antioxidante de morcegos com diferentes dietas
Resumo Os morcegos apresentam a maior diversidade de hábitos alimentares entre os mamíferos, essa variedade de dietas pode influenciar na capacidade antioxidante de diferentes tecidos. A frugivoria proporciona a ingestão de antioxidantes naturais, como carotenoides e vitaminas, que ajudam na defesa não enzimática dos tecidos. Diferentemente, a dieta de sangue, única entre os mamíferos, é rica em ferro e hiperproteica: potencial geradora de espécies reativas de oxigênio (ROS). A dieta de néctar, fonte de carboidratos, também é potencial geradora de ROS, a partir da auto-oxidação da glicose. O objetivo deste trabalho foi analisar as diferenças do sistema oxidante nos rins, fígado, coração e músculo de morcegos hematófagos Desmodus rotundus (n=10), nectarívoros Anoura caudifer (n=7) e frugívoros Sturnira lilium (n=8). Morcegos machos adultos foram coletados com redes de neblina e eutanasiados por deslocamento cervical, seguido de decapitação. Os tecidos foram retirados, homogeneizados, centrifugados e o sobrenadante resultante foi utilizado para mensurar a atividade das enzimas antioxidantes Superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa S-transferase (GST) e o pellet para a determinação de proteínas carboniladas. A atividade da enzima SOD foi maior nos rins, músculo e fígado dos hematófagos e nectarívoros, quando comparada a S.lilium, provavelmente devido a maior produção de radical superóxido. Já atividade de CAT foi maior no fígado e coração das espécies D. rotundus e A. caudifer, no músculo de A. caudifer e nos rins de S. lilium, indicando uma maior concentração de peróxido de hidrogênios (H2O2) nesses tecidos. Já a atividade da enzima GST destacou-se no fígado dos nectarívoros e nos demais tecidos de D. rotundus, conferindo uma proteção contra a peroxidação lipídica. Os níveis de proteína carbonilada foram maiores na espécie frugívora em todos os tecidos analisados, indicando oxidação das proteínas. Em geral, os resultados demonstraram diferenças na capacidade antioxidante dos tecidos de morcegos com diferentes dietas. Destacamos que os rins e fígado de D. rotundus e A. caudifer, que participam do metabolismo, tiveram maior atividade das enzimas antioxidantes. As espécies nectarívora e hematófaga, apesar de possivelmente gerarem grande quantidade de ROS através de auto-oxidação de glicose e de reações de óxido-redução do ferro, respectivamente, parecem estar fisiologicamente adaptadas às suas condições alimentares.
Palavras-chave Quirópteros, enzimas antioxidantes, hábitos alimentares
Forma de apresentação..... Painel
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