Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8133

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia Vegetal
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor José Victor Siqueira da Silva
Orientador WAGNER CAMPOS OTONI
Outros membros Andrea Dias Koehler, Camilo Elber Vital, Priscila Oliveira Silva, Raquel de Oliveira Faria
Título Superexpressão do miR156 em berinjela (Solanum melongena L.): consequências morfo-fisiológicas
Resumo A berinjela apresenta elevado potencial morfogenético, que tem sido explorado para aplicações biotecnológicas como abordagens de transformação genética. Essas características fazem da berinjela um modelo interessante para estudos de diferentes áreas da biologia vegetal, incluindo os eventos de mudança de transição de fase vegetativa juvenil-adulta. As modificações que ocorrem durante a transição da fase vegetativa juvenil-adulta são mediadas essencialmente por dois microRNAs: miR156 e miR172. Assim, o presente projeto visou avaliar o impacto do miR156, bem como seus alvos Squamosa Promoter Binding-like Proteins (SPLs) e miR172, no desenvolvimento vegetativo de berinjela. Para isso, propôs-se o uso de plantas de berinjela transgênicas com superexpressão ectópica do gene miR156 de Arabidopsis thaliana (AtmiR156) via indução por promotor constitutivo 35S. Para tal, sementes de berinjela ‘Embú’ foram desinfestadas e germinadas in vitro. Plântulas com aproximadamente 17 dias foram fontes de segmentos de hipocótilos e cotilédones, usados na transformação genética. Empregou-se meio de regeneração seletivo composto por sais MS, vitaminas B5, 0.1 mg L-1 AIA, 0,1 g L-1 de mio-inositol, 20 g L-1 sacarose e pH 5.8 ± 0,1. A transformação ocorreu pela inoculação de Agrobacterium tumefaciens LBA4404 contendo o plasmídeo, o que permitiu a superexpressão do miR156::OE. Brotos diferenciados em meio seletivo (50 mg L-1 de canamicina) e alongados foram individualizados e aclimatizados. A estabilidade genética das linhagens regeneradas foi averiguada por citometria de fluxo em que o conteúdo de DNA (pg), 2C = 2,82 pg, manteve-se compatível com aquela das plantas controle derivadas da germinação de sementes. Foi observado nas linhagens geradas que a superexpressão do miR156 em berinjela promoveu severa redução na inibição correlativa, levando a uma maior produção de ramos laterais e aumento de biomassa. Marcadamente, nessas linhagens transgênicas a juvenilidade foi mantida ao longo do seu desenvolvimento. Na determinação dos níveis hormonais endógenos, ober de modo especial de auxinas e de citocininas, os dados sugerem pleno alinhamento com a drástica redução da inibição correlativa e a intensa proliferação de ramos axilares nas linhagens transgênicas, comparativamente à variedade ‘Embú’ não transformada. Ademais, observou-se elevada habilidade rizogênica em estacas de linhagens transgênicas, coerente com os níveis endógenos elevados de auxinas. Sabe-se que mudanças nos níveis relativos de expressão do miR156/miR172 regulam a transição fase juvenil-adulta da planta. Interessantemente, a superexpressão do miR156 levou à manutenção de características juvenis nas linhagens transgênicas e a não-transição à fase adulto-reprodutiva, à exceção da linhagem 7, que apresentou botões florais mal-formados, após aproximadamente 18 meses pós-aclimatização das plantas em casa de vegetação.
Palavras-chave transição de fases, juvenilidade, microRNAs
Forma de apresentação..... Painel
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