Resumo |
O estudo da educação ambiental tornou-se um importante fator para a promoção de mudanças comportamentais individuais e coletivas diante das problemáticas contemporâneas entre o sistema econômico (produção e consumo) e natureza, uma vez que o cuidado com o meio ambiente é uma das formas de assegurar a manutenção da vida no planeta e, consequentemente, da qualidade de vida da nossa e das futuras gerações (SANTOS et al. 2012). Entendendo sua importância, tal estudo compôs o conteúdo da Disciplina “ECD-319 Políticas Públicas e Meio Ambiente” oferecida pelo Departamento de Economia Doméstica (DED). Como parte das avaliações exigidas pela disciplina, foi desenvolvido o projeto “Feira de Conscientização Ambiental” que objetivou promover um espaço educativo que estimulasse o senso crítico dos sujeitos envolvidos em relação à temática, a fim de que, posteriormente, pudessem construir ações ambientais autogestionárias individualmente e para a comunidade. Logo, para alcançar o supracitado objetivo, durante a feira foram promovidas duas oficinas: uma de confecção de produtos de limpeza de base agroecológica e a outra de construção de um minhocário caseiro, utilizando resíduos domésticos. Utilizou-se como metodologia, também, instalações pedagógicas; que traziam como propósito exemplos de mudanças de pequenos hábitos no âmbito doméstico e social, com vistas, às questões relacionadas aos prejuízos causados ao meio ambiente de acordo com nossas ações; e espaços para a troca de mudas e sementes. A feira foi realizada no bairro Santa Clara com parceria do projeto social do bairro “Pracinha”, do Coletivo Troca Viçosa – Orgânicos Caseiros e Sauipe. Contou com participação de moradores locais, de outros bairros da cidade de Viçosa-MG e estudantes universitários. É esperado, portanto, que com as oficinas oferecidas os participantes façam uso tanto do minhocário quanto dos produtos agroecológicos e sejam um agente multiplicador dos conhecimentos ali compartilhados. Com a realização da feira, como um todo, espera-se que haja compreensão da conexão do mundo social, ambiental e econômico; que ocorra a apropriação da importância da educação ambiental para alcançar a qualidade de vida e que a mobilização social da comunidade seja potencializada em relação ao cuidado coletivo com o meio ambiente. Por fim, que se emancipem através do reaproveitando de seus próprios resíduos, re-significando o conceito particular de consumo levando em conta os princípios da agroecologia, criando novas formas de reaproveitamento dos rejeitos produzidos e relações com a natureza. |