Resumo |
O PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência, desenvolve parcerias com algumas escolas de educação básica da rede pública de ensino da cidade de Viçosa/MG. Um dos subprojetos do curso de Pedagogia atua com a Educação Especial na perspectiva inclusiva. Neste campo educacional, entre as atuações está o atendimento a alunos com baixa visão (BV), que se caracteriza pela alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores como: baixa acuidade significativa do campo visual alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desempenho visual do indivíduo. Além da limitação visual, há também alunos que possuem deficiência intelectual (DI), estes apresentam limitações significativas no funcionamento cognitivo, originado antes dos dezoito anos de idade, repercutindo nas habilidades conceituais, práticas e sociais. Visando potencializar a aprendizagem escolar de alunos com estas características foram desenvolvidas estratégias e recursos adaptados. As ações aconteceram em duas escolas municipais da região de Viçosa/MG, com dois alunos do 3º ano (BV) e um do 5º ano do ensino fundamental (BV/DI), com idades de 8 a 10 anos. Os alunos do 3º ano recebem atendimento na sala de recursos multifuncional e estão matriculados na mesma escola, já o aluno do 5º ano está matriculado em outra escola e não recebe tal atendimento. Cada bolsista atua em uma sala de aula, fazendo o acompanhamento da turma em geral, porém, com enfoque maior nestes alunos. As observações participantes foram registradas descritivamente em relatório pós-evento. Os alunos com BV apresentam dificuldade relacionada à alfabetização, na escrita de palavras, sequências numéricas e nas resoluções de operações de soma e subtração. O aluno do 5º ano também apresentou as mesmas debilidades, mas acrescidas da menor compreensão de ideias abstratas e iniciativa para ações cotidianas, como localizar a atividade no texto. A fim de promover a aprendizagem nas situações indicadas foram utilizadas diversas estratégias de ensino, como, o uso do material dourado nas operações e sequências numéricas, alfabeto móvel na escrita de palavras, pautas escurecidas no caderno para a escrita, adaptação de cor e formato das atividades. Para o aluno com BV/DI, houve também incentivos à autonomia e explicações detalhadas de cada atividade. Com a implementação destas práticas todos os alunos conseguiram realizar e compreender as operações, ampliaram a escrita e houve maior iniciativa do aluno com BV/DI nas ações solicitadas. Os resultados indicam a necessidade de atender a especificidade de cada aluno para que ocorra a aprendizagem. Práticas como esta capacitam o licenciando exercer uma concepção inclusiva em sua atuação profissional, ao mesmo tempo em que fortalece esta visão entre o corpo docente das escolas. |