Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8092

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciência do Solo
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Rosana dos Santos Teixeira
Orientador IRENE MARIA CARDOSO
Outros membros Angélica da Silva Lopes, JAQUELINE CARDOSO ZEFERINO
Título Os olhares dos agricultores/as para os solos
Resumo O programa rede moinho circulação de Saberes e Fazeres foi criado em parceria com o Fórum Mineiro de Entidades Negras no ano de 2015. O programa objetiva contribuir com a ampliação de ações pedagógicas que fortaleçam processos educativos relacionados às questões socioambientais. Para o desenvolvimento de suas ações, o programa busca parcerias. Uma delas foi com o projeto de mestrado denominado “Diferentes olhares para os solos a partir da prática dos agricultores/as familiares”, que está sendo desenvolvido no município de São Miguel do Anta, MG. O projeto de mestrado envolve agricultores/as familiares do município residente da comunidade da Capivara. O projeto objetiva identificar e compreender a percepção dos agricultores/as familiares a respeito dos serviços ambientais relacionados aos solos. A metodologia do projeto seguiu os princípios da pesquisa-ação. As pesquisadoras utilizaram a observação participante a partir de vivências nas propriedades. Nas vivências as pesquisadoras passaram um dia na casa de cada família, acompanhando a rotina, observando e conversando sobre a propriedade, as práticas de manejo e demais temas que foram surgindo. Durante as vivências foram construídos os mapas difuso. A construção do mapa parte de uma pergunta geradora, que permite explicitar os fatores ou elementos que irão compor o mapa e que se relaciona com os serviços ecossistêmicos. Uma bolsista do programa Moinho participou de todas as vivências, auxiliando nas relatorias e na construção¬¬¬ dos mapas. No total participaram da pesquisa 18 agricultores/as. Os agricultores/as apontaram vários serviços ecossistêmicos (benefícios) relacionados aos solos, entendidos de forma mais ampla como terra. A ciclagem de nutrientes é um destes benefícios, como pode-se observar nas seguintes fala “jogo as cascas das frutas para os porcos, as abóboras velhas, que depois viram esterco” para melhorar a qualidade do solo; “O mato a gente capina e deixa secar e depois coloca na horta”, o que também ajuda na ciclagem de nutrientes. Em relação a regulação dos ciclos hidrológicos os/as agricultores/as relacionam o ciclo da água às práticas que ajudem a manter a umidade dos solos. Segundo eles/as: “A terra guarda a água, filtra a água”; “A gente tem árvores perto das nascentes para proteger e ajudar a segurar a água na terra”. O solo (ou a terra) “...é importante para plantar, para construir, para morar”. Entretanto, os benefícios dos solos, estão para além das questões relacionadas à produção e ou moradia, para os agricultores/as a terra é sinônimo de vida, “a terra para mim é tudo é meu porto seguro”; “a terra é tudo, “a terra é vida”. As metodologias participativas facilitaram o diálogo reflexão sobre a importância da conservação dos solos e da preservação dos serviços ecossistêmicos. Além disso, as metodologias participativas fortalecem os processos educativos relacionados as questões socioambientais do projeto moinho.
Palavras-chave Agroecologia, Processos educativos, Serviços ecossistêmicos.
Forma de apresentação..... Oral
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