Resumo |
A busca por uma alimentação mais saudável faz com que os indivíduos incluam novos produtos em sua dieta e também o cuidado com a estética ou com a saúde levou à substituição do açúcar por adoçantes que se assemelham em sabor a sacarose, porém apresentam baixo valor calórico ou são isentos de calorias O uso de adoçantes é comum na população em geral e, em idosos, o seu uso se relaciona com a presença de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente, o diabetes mellitus. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso de adoçantes dietéticos entre idosos de Viçosa-MG. O estudo foi transversal, de base populacional, realizado entre junho e dezembro de 2009 e integra um projeto maior intitulado “Condições de saúde, nutrição e uso de medicamentos por idosos do município de Viçosa (MG): um inquérito de base populacional”. A variável dependente foi o uso de adoçante. A prevalência do uso de adoçante foi estimada para aqueles que faziam uso de maneira geral (ou seja, relataram uso concomitante de adoçante e açúcar ou faziam uso exclusivo) e para aqueles que faziam uso exclusivo de adoçante.Os adoçantes foram classificados de acordo com a composição em relação aos tipos de edulcorantes presentes. As variáveis independentes foram sexo, idade, escolaridade, renda e histórico de doenças. Do total de idosos (n=621) entrevistados, 53,3% (n = 331) eram do sexo feminino. A mediana da idade foi de 69 anos (variação de 60 a 98 anos) e cerca de 50% dos idosos tinham idade entre 60 e 69 anos. Observou-se um uso de adoçante pelos idosos de 55,2%, sendo maior no sexo feminino e entre idosos de 70 a 79 anos, com maior escolaridade e renda. Também o uso de adoçante foi maior em idosos com excesso de peso e com hipertensão e diabetes. Os adoçantes mais consumidos foram os que apresentam na constituição sacarina e ciclamato de sódio. O trabalho desenvolvido permitiu conhecer o uso de adoçantes pelos idosos e, assim, pode contribuir com intervenções futuras de práticas de educação nutricional. |