Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8054

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Sociologia
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carolina Moreira Gomes Palhares Silva
Orientador GUILLERMO VEGA SANABRIA
Título HIV e deficiência: alguns pressupostos sobre sexualidade e gênero através da teoria crip
Resumo Os "estudos crip feministas" e as pesquisas sobre a sexualidade de pessoas com deficiência fazem parte de um amplo espaço de análises que inclui os "disability studies" (estudos sobre a deficiência) e a "teoria crip" (estudos que conectam deficiência, sexualidade e "teoria queer"). O presente trabalho consiste em uma revisão bibliográfica de autores que discutem estes diversos temas. Tenta-se, também, estabelecer uma conexão entre eles e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

O ponto de partida do trabalho é a compreensão da deficiência como um fenômeno social e cultural. Isso implica em se distanciar de perspectivas e de padrões de corporalidade hegemônicos, que enxergam o corpo do deficiente como sendo incompleto, inferior e que pode ser “consertado". Deste modo, entende-se que a deficiência surge e é reforçada a partir do momento em que são negados direitos básicos a pessoas consideradas anormais.

Nessa esteira, o trabalho também lança mão das contribuições da teoria feminista uma vez que, ela é parte fundante, juntamente com as Ciências Sociais, dos "disability studies". As "feministas crip" buscam analisar a deficiência como categoria política, assim como o gênero, a raça e a classe, e também como categoria cultural. As teorias feiministas têm tido um papel central na transformação dos "disability studies" porque, entre os anos 1990 e 2000, eles se baseavam na percepção de homens brancos com deficiências motoras. O "feminismo crip" veio incluir as mulheres com deficiência e as cuidadoras de pessoas deficientes, o que deu abertura para a incorporação de pessoas de outras raças, classes e deficiências nos estudos.

Por fim, a sexualidade de pessoas deficientes é um campo explorado por diversos pesquisadores crip. Isto porque há um tabu na sociedade no que concerne à sexualidade, tabu este que se expande ao se tratar da deficiência. Pessoas deficientes são consideradas pela sociedade como assexuadas ou, então, são hipersexualizadas porque tornadas fetiche. O panorama parece mais confuso no que se refere a pessoas deficientes que vivem com HIV. Assim, a presente pesquisa pretende relacionar, a partir de um estudo de caso, esses problemas em torno à deficiência, a identidade de gênero, a sexualidade e o HIV.
Palavras-chave Gênero, Sexualidade e deficiência, HIV.
Forma de apresentação..... Painel
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