Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8047

ISSN 2237-9045
Instituição Faculdade de Ciências e Tecnologia de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia Civil
Setor Departamento de Engenharia Civil
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Gustavo Armando dos Santos
Orientador Eduardo Souza Cândido
Outros membros Ana Carolina Dias Baêsso, ROBERTO FRANCISCO DE AZEVEDO
Título Determinação da condutividade hidráulica não saturada de solos siltosos para sistema de cobertura de barragem
Resumo Uma das formas de se prevenir a drenagem ácida de minas (DAM) é evitar que as superfícies de rejeitos que contém minerais sulfetados fiquem expostas às condições oxidantes em presença de água. Uma das soluções mais usuais para executar o isolamento é por meio da aplicação de coberturas construídas com solos, sendo dividas em dois tipos: prescritivas e evapotranspirativas. A primeira aplica camadas com baixa condutividade hidráulica para minimizar a infiltração de água, já a segunda utiliza-se de uma camada de armazenamento e liberação. Alguns autores destacam que a cobertura prescritiva apresenta vulnerabilidade e limitações, indicando uma preferência pela aplicação das evapotranspirativas. Um dos desafios de aplicação dessa técnica consiste em projetar uma camada de armazenamento e liberação capaz de acumular a água infiltrada durante o período chuvoso e liberá-la para a atmosfera por evapotranspiração durante períodos de estiagem. A evaporação pode ser incrementada com a escolha de solos que mudem gradualmente a condutividade hidráulica não saturada com a sucção, comportamento típico de solos siltosos, amplamente utilizados nestas camadas. A condutividade hidráulica não saturada ou função de condutividade hidráulica (FCH) é dada por meio da relação entre o teor de umidade volumétrico, ou a sucção, e o coeficiente de permeabilidade. A determinação direta da FCH demanda um tempo considerável, assim diversos autores propuseram a sua determinação por meio de procedimentos semi-empíricos que determinam a FCH indiretamente por meio da curva de retenção de água no solo (CRA). Este trabalho tem como objetivo a comparação da condutividade hidráulica não saturada de diferentes solos siltosos obtidas pelas CRA. Para obtenção da CRA utilizou-se de uma centrífuga de pequenas dimensões, na qual os corpos de prova previamente saturados foram submetidos a uma centrifugação, e consequente valor de sucção, promovendo uma drenagem mais rápida do fluido contido nos poros do solo. A cada velocidade de rotação, e em tempos pré-determinados, pesou-se as amostras para se calcular o teor de umidade volumétrico e assim obter a CRA. Realizaram-se também ensaios de permeabilidade em laboratório em todos os solos e assim foi possível aplicar os métodos semi-empíricos para obter a condutividade hidráulica a partir da CRA. Com a ferramenta solver do Excel foi possível ajustar diversos modelos matemáticos aos dados experimentais e determinar as CRA e consequentemente as FCH. Pode-se notar que os modelos se ajustaram satisfatoriamente bem aos pontos experimentais, com erros máximos de 3%, e as curvas de FCH obtidas indiretamente apresentaram-se com comportamento bem similares; o que era de se esperar devido aos baixos erros obtidos nos ajustes das CRA. Com a realização deste trabalho pode-se concluir que a técnica da centrífuga é uma interessante alternativa na determinação das CRA, e consequentemente da FCH dos solos, uma vez que em poucas horas pode-se obter os resultados.
Palavras-chave Descomissionamento de minas, FCH, CRA.
Forma de apresentação..... Painel
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