Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8002

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thais Carneiro Araujo
Orientador ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES
Outros membros Iara Pinheiro Calil, JOAO PAULO BATISTA MACHADO
Título Influência da capacidade formadora de corpos nucleares de AtWWP1 em seu papel imune contra begomovirus
Resumo Plantas estão constantemente expostas a diversos tipos de estresses abióticos e bióticos, os quais afetam seu crescimento e desenvolvimento. Devido sua natureza séssil, a sobrevivência desses organismos depende de sua habilidade de reconhecer e responder de maneira eficiente aos diversos fatores externos. Dentre os fatores bióticos, vírus constituem um dos principais patógenos de plantas, capazes de infectar uma ampla gama de espécies, incluindo diversas culturas agronomicamente relevantes. Begomovírus bipartidos (Familía Geminiviridae) - grupo de vírus de DNA que se replica no núcleo de células infectadas – codifcam a proteína de movimento NSP (nuclear shuttle protein) que facilita a translocação do DNA viral do núcleo para o citoplasma, através dos poros nucleares. O tráfego intracelular do complexo NSP-DNA é assessorado pela proteína NIG (NSP-interacting GTPase), localizada no compartimento citoplasmático celular. A proteína AtWWP1 (WW domain-containing protein) foi inicialmente identificada como parceiro celular de NIG. AtWWP1 é uma proteína nuclear capaz de formar corpos nucleares via domínios triptofano (WW) conservados. Ensaios in vivo demonstraram que AtWWP1 interage com NIG promovendo o seu redirecionamento para corpos nucleares. Dessa forma, a interação NIG-AtWWP1, mediada pelo domínio WW de AtWWP1, pode interferir com o papel pro-viral de NIG durante a infecção o qual é associado à sua localização citoplasmática. Consistente com essa hipótese, a perda de função de AtWWP1 em Arabidopsis, resulta em aumento de suscetibilidade à infecção por begomovírus, enquanto sua superexpressão confere imunidade parcial contra o vírus. Entretanto, a atividade formadora de corpos nucleares de AtWWP1 pode ser antagonizada durante a infecção viral, uma vez que foi observado um decréscimo ou desorganização dos corpos nucleares de AtWWP1 em células infectadas. Conjuntamente, esses resultados indicam que o papel imune de AtWWP1 na infecção viral pode estar relacionado à sua capacidade intrínseca formadora de corpos nucleares. Para testar essa hipótese, foram inicialmente realizadas uma série de mutações sítio-dirigidas em que foram substituídos, individualmente ou em combinação, resíduos conservados de triptofano (W) por alanina (A) em ambos os domínios WW de AtWWP1.Foi observado que o aumento do número de substituições W-A resultou em decréscimo na capacidade de formação de corpos nucleares das proteínas mutantes. Adicionalmente, o mutante defectivo AtWWP1/AWAA perdeu a capacidade de interagir com NIG em ensaios de duplo-híbrido, bem como falhou em relocar NIG para corpos nucleares em células de N. benthamiana co-expressando as proteínas quiméricas. Plantas transgênicas de Arabidopsis superexpressando AtWWP1/AWAA estão sendo obtidas para posterior análise de fenótipo e acúmulo viral sob infecção por begomovirus.
Palavras-chave Arabidopsis, begomovirus, infecção viral
Forma de apresentação..... Painel
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