Resumo |
Nota-se nas escolas uma antipatia elevada quando se refere a Química, essa ciência natural (Saldanha et. al. 2010). Alfabetizar os cidadãos em ciência e tecnologia é hoje uma necessidade do mundo contemporâneo (Santos e Schnetzler, 1997). Este trabalho teve como objetivo, recolher dados sobre a visão dos alunos no ensino da química. A metodologia utilizada foi o questionário aplicado em 2 escolas públicas, em turmas de 2º e 3º anos do Ensino Médio, totalizando 73 alunos. Quando foram perguntados se a química tem importância na sua vida, 16 alunos (21,92%) responderam que não. A química está tão presente nos processos produtivos modernos que simplesmente não percebemos sua abrangência e a sua importância na sociedade (Saldanha et. al, 2010). 63 (86,30 %) alegaram não ter aulas práticas. É perfeitamente viável ministrar aulas práticas mesmo não tendo laboratórios convencionais (Braathen, 2016). 43 (58,9%) gostam de Química e 64(87,67%) afirmaram que a vida não é possível sem química o que concorda com as pesquisas de Saldanha et. al (2010). 62 (86,1%) dos alunos afirmaram que seus professores mostram a utilidade da química no dia-a-dia, o que confirma a opinião de Castilho et. al. (1999) sobre o desenvolvimento e promoção do dinamismo da relação teoria prática no ensino de Química quando o professor traz fatos das vivencias dos alunos para sala de aula. Dos respondentes, 41 (58,5%) acham a disciplina Química difícil de entender. Na pesquisa de Silva et. al. (1995) o mesmo resultado foi encontrado, mostrando que os alunos acham a matéria difícil e com muita memorização. A maioria dos alunos não souberam responder quando perguntados onde um químico atua, resumindo-se em dizer que um químico pode ser professores ou trabalhar em laboratórios. Essa é uma visão do químico normalmente difundida pelos meios de comunicação (Cardoso e Colinvaux, 2000). 28 (38,3%) alegaram que não vão usar química na profissão que escolheram e 33 (45,2%) não sabem ou não tem opinião formada a esse respeito. Foi possível observar que os estudantes não identificam a química na profissão que escolheram, mostrando desinformação sobre o curso (Cardoso e Colinvaux, 2000). Atualmente pode-se dizer que a percepção pública da química é quase tão mal informada quanto era na Idade Média (Saldanha et. al 2010). Conclui-se que o ensino da química nas escolas ainda precisa ser melhor desenvolvido de modo a atrair e esclarecer a visão dos estudantes sobre sua importância e utilidade na vida moderna. |