Resumo |
Este trabalho teve como objetivo a realização de uma análise comparativa entre os métodos de dosagem Marshall e Superpave, baseando-se em um estudo realizado em misturas asfálticas a quente dosadas por ambos os métodos, utilizando a faixa granulométrica C da especificação de serviço ES 031 (DNIT, 2006). Foram realizados ensaios mecânicos, para ambos os métodos de dosagem, e comparados os seus resultados. Para a composição das misturas asfálticas, foram usados agregados de origem gnáissica da pedreira de Ervália-MG, ligante asfáltico CAP 70/60 e uma porcentagem de um aditivo dopante Betudope, visando melhorar a adesividade entre o os agregados e o ligante. Os agregados e o ligante foram previamente caracterizados. O desenvolvimento desse trabalho seguiu-se da seguinte forma: inicialmente, determinaram-se as misturas asfálticas de projeto através dos métodos Marshall, seguindo a norma ME 043 (DNER, 1995), e Superpave, seguindo as recomendações da Strategic Highway Research Program (SHRP, 1994). Após a determinação das misturas asfálticas de projeto, foram confeccionados corpos de prova, nos teores previamente determinados, nos compactadores Marshall e Superpave. Determinaram-se, então, os parâmetros mecânicos dos corpos de prova dosados por ambos os métodos através dos ensaios mecânicos de resistência a tração por compressão diametral, módulo de resiliência, vida de fadiga e creep estático. Após a obtenção desses resultados, houve uma análise comparativa entre ambos os métodos de dosagem para a faixa granulométrica C da especificação de serviço ES 031 (DNIT, 2006). A composição granulométrica da mistura de projeto selecionada para o método Marshall foi de 20% de Brita 1, 46% de Brita 0 e 34% de Pó de pedra, enquanto a do método Superpave foi de 18% de Brita 1, 60% de Brita 0 e 22% de Pó de pedra. Já os teores de projeto de ligante das misturas foram 4,70% e 4,60% de CAP 50/70, respectivamente, para os métodos Marshall e Superpave, e adicionado 0,1% em massa de Betudope. Os resultados médios encontrados para os ensaios de resistência à tração por compressão diametral e de módulo de resiliência foram, respectivamente, 1,49 MPa e 4073 MPa, para os corpos de prova dosados através do método Marshall, e 1,82 MPa e 6284 MPa, para os corpos de prova dosados pelo método Superpave. No que diz respeito ao ensaio de fadiga, os resultados dos corpos de prova do Superpave apresentaram uma menor deformação específica resiliente. Em relação ao ensaio de creep estático, os corpos de prova do Superpave apresentaram melhores resultados, apresentando valores médios de deformação plástica e deformação plástica específica inferiores aos obtidos através dos corpos de prova Marshall. Com base nos resultados encontrados, concluiu-se que a mistura asfáltica dosada pelo método Superpave apresentou melhores resultados quanto aos parâmetros mecânicos, quando comparada à mistura dosada pelo método Marshall. |