Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7986

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bianca de Souza Araujo Adão
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Flavio Augusto da Silva Coelho, GISELE MENDES LESSA DEL GIUDICE, Pollyanna Alves de Barros
Título Tricotaxonomia do gênero Monodelphis Burnett, 1830 (Mammalia, Didelphidae) provenientes da Mata Atlântica de Minas Gerais
Resumo A taxonomia do gênero Monodelphis ainda não é bem estabelecida. Em especial, o grupo americana, representado pelos Monodelphis de listras, possui as análises e interpretações de variações intra e interespecíficas comprometidas devido à escassez de trabalhos taxonômicos desenvolvidos. A tricotaxonomia, que consiste numa técnica de análise da microestrutura (cutícula e medula) dos pelos de mamíferos, pode auxiliar em estudos taxonômicos, fornecendo a um determinado grupo características diagnósticas específicas. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma análise tricotaxonômica do gênero Monodelphis, através da caracterização morfológica e morfométrica da microestrutura dos pelos de M. americana e M. scalops. Especificamente, verificar se ocorre uma diferenciação morfológica e sexual através da análise da microestrutura dos pelos destas duas espécies, coletados em quatro regiões distintas do corpo. Finalmente, fazer uma comparação entre as espécies para verificar a presença de diferenças significativas na microestrutura de seus pelos. O material analisado foi obtido por meio de espécimes tombados na coleção mastozoológica do Museu de Zoologia João Moojen/UFV. Após serem preparadas, as lâminas de cutícula e medula foram observadas ao microscópio e fotomicrografadas. A nomenclatura utilizada para os padrões morfológicos encontrados e a escolha das medidas morfométricas realizadas, se basearam nas bibliografias disponíveis. Como resultado, as escamas cuticulares dos pelos apresentaram um padrão que não variou entre as duas espécies estudadas, sendo imbricadas com formato folidáceo e dimensão estreita. Assim como as células medulares, que apresentaram o mesmo padrão de células contínuas por todo pelo, unisseriadas e escalariformes. Esses padrões também não variaram nas diferentes regiões do corpo e do sexo dos exemplares. A microestrutura dos pelos baseada somente na caracterização morfológica, portanto, não pode ser utilizada como caráter taxonômico para essas espécies. Dentre as análises morfométricas, verificou-se a ausência de dimorfismo sexual, dentro de cada espécie, para as quatro regiões do corpo. Comparativamente, de acordo com a estatística descritiva, entre as duas espécies houve diferenciação na largura da medula em relação a largura do pelo. A medula de M. americana ocupa em média cerca de 3/5 da largura do pelo e em M. scalops ocupa cerca da metade. O comprimento das escamas cuticulares, para as duas espécies, revelou ser em média maior que a largura (dimensão estreita) para as quatro regiões do corpo. Entre as regiões, houve diferenciação significativa somente dentro da espécie M. americana, na largura dos pelos das regiões 2 e 3 em relação as demais regiões. Os resultados aqui obtidos auxiliaram na compreensão micromorfológica dos pelos de duas espécies do gênero Monodelphis. A análise morfométrica, em particular, foi satisfatória para a caracterização destas duas espécies provenientes da Mata Atlântica de Minas Gerais.
Palavras-chave Monodelphis, Mata Atlântica, Tricotaxonomia
Forma de apresentação..... Painel
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