Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7975

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e Tecnologia de Alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Claudenilson José de Freitas
Orientador CELIA LUCIA DE LUCES FORTES FERREIRA
Outros membros Driene Gomes Gonzaga, Viviane da Cruz Rafael
Título Avaliação da atividade antagonista de bactérias láticas isoladas do fermento endógeno utilizado na produção de queijos artesanais da Serra da Canastra
Resumo Entende-se por Queijo Minas Artesanal (QMA) o queijo que apresenta consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas, confeccionado a partir do leite integral de vaca, fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem. O uso do leite cru na produção dos queijos artesanais pode proporcionar o carreamento de micro-organismos patogênicos e deterioradores. Para que haja redução da microbiota contaminante no leite, consequentemente, no queijo, é necessário o uso de boas práticas de fabricação. Além disso, o uso do fermento endógeno (pingo) e período de maturação adequado ajudam promover a segurança microbiológica do produto. O “pingo” apresenta várias bactérias do ácido lático (BAL) que são capazes de produzir compostos como ácidos orgânicos, peróxido de hidrogênio e bacteriocinas. Essas substâncias podem inibir o crescimento de bactérias patogênicas presentes no meio. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antagonista de isolados de BAL isoladas por meio de plaqueamento em meio MRS e M17. O “pingo” foi coletado em 20 fazendas na Serra da Canastra e a partir das placas de contagem foram isoladas cinco colônias. Os isolados foram submetidos à coloração de Gram e teste de catalase para caracterização inicial. As bactérias que se mostraram ser Gram positivas e catalase negativas foram testadas frente aos patógenos indicadores de qualidade (Escherichia coli ATCC 11229, Staphylococcus aureus ATCC 13565, Listeria monocytogenes ATCC 15313 e Salmonella ententidis ATCC 13076). Para a verificação da atividade antimicrobiana das BAL isoladas, foram utilizados ensaios de toque em superfície sólida (spot-on-lawn-assay). A atividade antagonista foi verificada pela formação de halos de inibição (zonas claras) que foram medidos. Para a análise da influência da redução do pH na inibição, o teste foi realizado utilizando meios neutralizados com bicarbonato de sódio (2g.L-1). Dos 85 isolados em meio MRS, quando testados em meio MRS não neutralizado, 94,12% inibiram o crescimento de E. coli, 92,94% de S. aureus, 71,76% L monocytogenes e 91,76% S. enteritidis. Testados em MRS neutralizado, 74,12% dos isolados inibiram E. coli, 75,29% S. aureus, 52,32% L monocytogenes e 82,35% S. enteritidis. Dos 60 isolados em meio M17, quando testados em MRS não neutralizado inibiram 66,67% das E. coli; 68,33% S. aureus; 93,33% L monocytogenes e 90,00% S. enteritidis. Em MRS neutralizado, 38,33% inibiram as E. coli, 45,00% S. aureus, 61,67% L monocytogenes e 78,33% S. enteritidis. Foi possível evidenciar que o pH tem fundamental importância no papel de inibição dos patógenos. Tanto os isolados em MRS quanto em M17 quando testados em MRS neutralizados apresentaram menor porcentagem de inibição. Conclui-se então que os ácidos produzidos pelas bactérias láticas são importantes na inibição do crescimento de patógenos no “pingo”.
Palavras-chave Queijo Minas Artesanais, bactérias do ácido lático, atividade antagonista.
Forma de apresentação..... Painel
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