Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7965

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia de Alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Bárbara Teixeira Gomes
Orientador EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA
Outros membros Gabriel Batalha de Souza, JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, Lucas de Souza Soares
Título Padronização de um protocolo para avaliação da massa molar viscosimétrica média de quitosanos comerciais
Resumo Quitosano [poli-(β-(1-4))-2-amino-2-desoxi-D-glicopiranose] é um polissacarídeo obtido industrialmente, pela desacetilação da quitina, que por sua vez é proveniente do exoesqueleto de crustáceos processados pela indústria pesqueira. Esse biopolímero pode ser disperso em meios aquosos ácidos pois, em tais meios, seus grupos amino são protonados, favorecendo a repulsão eletrostática entre as cadeias poliméricas e as interações quitosano-solvente e quitosano-X (X = contra-ânion do ácido). Diversas aplicações do quitosano na área médico-farmacêutica já são conhecidas (p. e.x.: próteses dérmicas, excipientes etc.). Além disso, o foi demonstrado que o quitosano interage com lipídios no trato gastrointestinal de mamíferos, fazendo com que parte deles seja excretada sem ser metabolizada. Assim, a caracterização de propriedades moleculares e de propriedades técnico-funcionais do quitosano aparece como imprescindível para possibilitar novas aplicações desse biopolímero em alimentos. No presente estudo, foi aplicado um protocolo clássico de viscosimetria para se estimar a massa molar viscosimétrica média de quitosano comercialmente obtido, com e sem dessalinização prévia. Para tal, inicialmente 1 g de quitosano foi adicionado a 100 mL de água deionizada (Millipore, Direct QUV3, Itália). O sistema foi agitado durante 60 minutos (Tecnal, TE-184, Brasil) e, durante esse tempo, a condutividade elétrica (CE) (Thermo, Orion 145A+, EUA) da fase aquosa atingiu 90-100 µS∙s-1. Em seguida, filtrou-se o sistema em papel qualitativo, recuperou-se a fração insolúvel e repetiu-se esse procedimento mais duas vezes. Observou-se então que a CE na fase aquosa se situou na faixa 5-8 µS∙s-1, sugerindo a eliminação de grande parte dos sais inicialmente presentes. O quitosano dessalinizado foi liofilizado (Terroni, LS3000, Brasil) e, então, cinco dispersões do biopolímero [0,05; 0,10; 0,15; 0,20; 0,25 g∙(100mL)-1] foram preparadas em solução-tampão de ácido CH3COOH/CH3COO-Na+ (pH 4,41; força iônica = 0,1 mol∙L-1). A partir dos tempos de escoamento dessas dispersões em viscosímetro capilar (Cannon-Fenske 51310, Schott, Alemanha), obteve-se a viscosidade intrínseca de Huggins ([η]H = 8,9033 dL∙g-1), a de Kraemer do quitosano ([η]K = 8,9111 dL∙g-1) e a média ([η] = 8,9072 dL∙g-1). Finalmente, aplicando a equação de Mark-Houwink-Sakurada, determinou-se a massa molar média viscosimétrica média (MV = 625 kDa). Comparando esse resultado com a MV do mesmo quitosano comercial sem dessalinização (MV = 540 kDa), conclui-se que a dessalinização prévia foi efetiva para a remoção de sais e quitooligossacarídeos que, se presentes, levam a uma subestimação da massa molar viscosimétrica do biopolímero.
Palavras-chave Quitosano, massa molar, viscosidade
Forma de apresentação..... Painel
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