Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7961

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Diana Villa Verde Salazar
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Danilo Manzini Macêdo, EMILY CORRENA CARLO REIS, Helena Maia Teixeira, Jeferson Bello dos Santos, Marina Martins Santos, Polyana Galvão Bernardes Coelho, Thayne de Oliveira Silva
Título Tendinopatia do tendão do músculo bíceps braquial em Mini Mula: relato de caso
Resumo Conhecer as afecções possíveis de ocorrerem nos membros dos equinos é bastante interessante uma vez que algumas delas podem retirar animais de sua função esportiva, lazer ou até mesmo necessitar da realização da eutanásia, dependendo da gravidade do caso, prognóstico e resposta ao tratamento. Aproximadamente 57% do impulso vertical que ocorre durante a locomoção na espécie equina é resultado dos membros torácicos (MTs). Portanto, uma lesão nos MTs pode alterar não apenas o andamento do animal, como também a sua capacidade de se manter em estação, suportando o seu peso. Os músculos localizados na região proximal possuem várias funções. O músculo bíceps braquial é composto por duas partes que são separadas longitudinalmente. A origem muscular é no tubérculo suplaglenoidal da escápula e a inserção na tuberosidade medial do radio, atuando no funcionamento de duas articulações. É um dos responsáveis por auxiliar a flexão da articulação escapuloumeral durante locomoção. Em geral as lesões nesse músculo são resultantes de trauma. O objetivo deste resumo foi relatar a ocorrência de lesão no tendão do músculo bíceps braquial resultante de trauma em uma Mini Mula de oito anos de idade, atendida no Hospital veterinário da Universidade federal de Viçosa. O histórico era de que a mula havia fugido da propriedade e teria sido atropelada por um carro. Entretanto, somente foi conduzida para avaliação no hospital veterinário 30 dias de ocorrido o acidente, e após não responder à terapia realizada na propriedade, que foi repouso (30 dias) e uso de anti-inflamatório não esteroidal durante cinco dias. O animal possuía temperamento difícil, mas o seu pequeno tamanho possibilitou a realização do exame físico e dos de diagnóstico por imagem. Durante a avaliação com o animal em estático foi observado atrofia na região correspondente ao músculo deltóide do membro torácico esquerdo, e marcada sensibilidade dolorosa durante a realização da protração do mesmo. No exame dinâmico o muar apresentava pronunciado grau de claudicação (4/5 - sistema de graduação de claudicação da American Association of Equine Practitioners). Avaliação ultrassonográfica revelou áreas hiperecóicas entremeadas com hipoecóicas e anecóicas, com aumento na área transversal do tendão do músculo bíceps braquial, compatível com tendinopatia do mesmo. Diante da gravidade das lesões, do tempo de evolução, foi iniciado tratamento com repouso em um pequeno piquete por duas semanas, com a realização de exercícios controlados durante 60 dias, consistindo de 15 dias de exercício com o animal puxado ao passo durante 10 minutos, seguido por 15 dias e, finalmente, 20 minutos. Na quinta e na sexta semana de tratamento, o exercício consistiu de 30 minutos puxado pelo cabrestro, e na sétima/oitava semanas durante 40 minutos. Também foi prescrito o uso de dimetilsufóxido tópico, duas vezes ao dia durante 10 dias. O retorno foi marcado para dois meses após iniciado o tratamento.
Palavras-chave equídeos, tendinite, sistema musculoesquelético
Forma de apresentação..... Painel
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