Resumo |
Uma das estratégias utilizadas para obtenção de aumento de produtividade das culturas é a modificação da arquitetura das plantas. No cultivo do tomateiro para consumo in natura a redução do porte das plantas pode reduzir os gastos com mão de obra e possibilitar a otimização da área de cultivo. O uso de porta-enxertos ananicantes, que induzem a redução do porte e influenciam nos parâmetros fotossintéticos da variedade enxertada, vem sendo empregado com êxito em espécies frutíferas. Em olerícolas são escassos os estudos onde se avaliam o efeito de porta-enxertos ananicantes. Diante disso, o objetivo neste trabalho foi avaliar a compatibilidade na exertia e a influência de acessos utilizados como porta-enxertos nas características morfólogicas e fisiológicas do tomateiro em ambiente protegido. O experimento foi realizado de junho a dezembro de 2016, na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão "Horta Velha" do Departamento de Fitotecnia (DFT/UFV). Foram utilizados três acessos do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV (BGH 2006, BGH 2077 e BGH 2086) como porta-enxerto e o híbrido Santyno como enxerto. O delineamento foi de blocos ao acaso com cinco tratamentos (pé-franco, autoenxertia e três porta-enxertos) e seis repetições. Avaliou-se a porcentagem de pegamento (PPE) e o índice de compatibilidade da enxertia (IC), altura das plantas (AP), índice de área foliar (IAF), diâmetro (DE) e comprimento do entrenó (CE), taxa de assimilação líquida de CO2 (A), condutância estomática (gs), taxa transpiratória (E) e razão entre a concentração interna e externa de CO2 (ci/ca). Não houve diferença para as caracteristicas IC, IAF, DE, A, gs, E e ci/ca. A PPE variou de 94,9% a 100%, com média de 97,03% Foi verificado no acesso BGH 2086 redução de 5,28% e 19,88% na AP e CE, respectivamente, quando comparado ao tratamento pé-franco. Portanto, todos os acessos testados são compatíveis e podem ser utilizados como porta-enxerto no híbrido Santyno e o acesso BGH 2086 pode ser utilizado para reduzir o porte da planta. |