Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7945

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Entomologia Agrícola
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Renata Cordeiro dos Santos
Orientador Gerson Adriano Silva
Outros membros Abraão Almeida Santos, Arthur Vieira Ribeiro, Elizeu de Sá Farias, Jhulyana Sanches Ferreira
Título Uso de Corymbia citriodora para o controle alternativo de Ascia monuste
Resumo O uso intensivo e indiscriminado de pesticidas sintéticos tem selecionado populações resistentes de pragas e vem causando problemas de saúde pública. Uma alternativa de contornar essa situação é através da busca de moléculas eficientes, com menor efeito residual e baixa toxicidade a organismos não-alvo. O uso de óleos essenciais (OEs) de plantas para o controle de insetos-praga é desejável, pois essas substâncias se encaixam nesses requisitos. Em trabalho anterior o OE Corymbia citriodora foi selecionado como um inseticida promissor contra Ascia monuste e sua dose letal contra este inseto foi determinada. Diante disso, os objetivos deste trabalho foram: i) determinar o tempo letal do OE de C. citriodora contra A. monuste e ii) avaliar a seletividade deste OE a dois organismos não-alvo (Solenopsis saevissima e Tetragonisca angustula). No bioensaio para se determinar o tempo letal, a unidade experimental foi uma placa de petri contendo dez lagartas de A. monuste e discos de couve como alimento. Os tratamentos foram a DL90 do OE de C. citriodora e o controle, com dez repetições. Os insetos foram expostos a 0,5 µL de solução e a mortalidade foi avaliada continuamente do momento da exposição até dez minutos, a cada minuto entre 10 e 30 min e, então, a cada 30 min até 120 h. No segundo bioensaio, a unidade experimental consistiu de uma placa de petri contendo dez adultos de S. saevissima ou T. angustula e algodão embebido em solução de água e mel (1:1) como alimento. Os tratamentos foram DL90 do OE de C. citriodora e o controle, com quatro repetições. Os insetos foram expostos a 0,5 µL de solução e a mortalidade foi avaliada após 72 horas. Uma análise de sobrevivência foi realizada utilizando o os estimadores Kaplan-Meyer para obter as curvas de sobrevivência no bioensaio de tempo letal, e as curvas foram comparadas pelo teste log-rank. Os dados de mortalidade no bioensaio de seletividade foram comparados através do teste t-Student não pareado. O tempo letal 50 foi estimado em 0,2 h. O OE de C. citriodora não causou mortalidade significativa para S. saevissima em comparação ao controle (P < 0,05). Por outro lado, a mesma dose causou mortalidade de 100% para T. angustula, que é significativamente maior que o controle (P < 0,001). Portanto o OE de C. citriodora possui ação rápida sobre a A. monuste e é seletivo a S. saevissima. Porém este OE não foi seletivo a T. angustula e por isso deve ser utilizado preferencialmente ao entardecer, evitando períodos de maior atividade desta abelha polinizadora nativa.
Palavras-chave Tempo letal, seletividade, inseticida alternativo.
Forma de apresentação..... Painel
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