Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7920

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia Geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriela Cabral de Miranda
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Graziela Domingues de Almeida Lima, Jerusa Maria de Oliveira
Título Estresse oxidativo e morte celular em testículo de ratos expostos a compostos arsênicos
Resumo O arsênio (As) é um metal pesado amplamente encontrado na natureza nas formas inorgânicas de arsenato e arsenito de sódio. A exposição do indivíduo a altas concentrações de As pode ocasionar alterações degenerativas e inflamatórias em vários sistemas orgânicos, como nervoso, cardiovascular e reprodutor masculino. Porém, existem poucas informações sobre os danos causados por baixas concentrações desse metal em órgãos reprodutores masculinos, como a concentração de 0,01 mg/L, que é considerada a concentração máxima de As tolerada na água de beber. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição de baixas concentrações de As, nas formas de arsenato e arsenito de sódio, sobre enzimas antioxidantes e morte celular no testículo. Ratos machos Wistar (n=30) foram pesados e randomicamente divididos em cinco grupos (n=6/grupo). Animais controle receberam salina (0.9% NaCl), enquanto os outros animais foram expostos ao As nas formas químicas de arsenato ou arsenito de sódio, por via oral por 56 dias. Foram testadas as concentrações de 0.01 e 10 mg/L para cada forma química. Para avaliação do estresse oxidativo, amostras de tecido testicular (100 mg) foram homogeneizadas em tampão fosfato usando um homogeneizador e depois centrifugadas. Os sobrenadantes foram utilizados para análise da atividade enzimática de catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST), superóxido dismutase (SOD), além dos metabólitos malondialdeido (MDA) e óxido nítrico (NO). Já para a análise de morte celular, secções histológicas do tecido testicular foram coradas com laranja de acridina e iodeto de propídio. Imagens dos campos histológicos foram digitalizados em fotomicroscópio de florescência e as células foram classificadas como células viáveis (núcleo verde) e células apoptóticas (núcleo vermelho-laranja). Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância (ANOVA), sendo as médias comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls ao nível de 5% de significância. As análises das enzimas de EO mostraram que a atividade da CAT reduziu em animais expostos ao arsenito nas duas concentrações. A atividade de GST reduziu em animais expostos ao arsenato nas duas concentrações e arsenito na concentração de 10 mg/L. Animais expostos ao arsenato na concentração de 10 mg/L apresentou aumento de MDA testicular. Não houve diferenças entre os grupos para a atividade de SOD e produção de NO. A geração de espécies reativas ao oxigênio (ROS) nestes grupos pode ter influenciado a presença de células da linhagem germinativa em apoptose dentro dos túbulos seminíferos nos animais expostos a 10 mg/L de arsenato e arsenito de sódio nas duas concentrações. Portanto, pode-se concluir que arsenito e arsenato de sódio, nas concentrações de 0,01 e 10 mg/L, causaram alterações na atividade de enzimas antioxidantes testicular, bem como apoptose em células da linha germinativa.
Palavras-chave arsenito, testículo, apoptose
Forma de apresentação..... Painel
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