Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7917

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia Sanitária
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Luana Alves dos Santos
Orientador RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER BASTOS
Outros membros Maria Clara Bandeira Pinheiro
Título Avaliação da remoção de organismos patogênicos em filtros cerâmicos por gravidade com uso de indicadores
Resumo Dentre as opções de tratamento domiciliar da água, o filtro cerâmico é a mais antiga e disseminada no país. Porém, ainda são relativamente escassos trabalhos de avaliação desses filtros na remoção de organismos patogênicos, ou mesmo de organismos indicadores que não somente os mais tradicionais – bactérias do grupo coliformes. O presente trabalho consistiu na avaliação da eficiência de filtros cerâmicos por gravidade na remoção de: (i) coliformes totais (CT), como indicador da remoção de bactérias; (ii) esporos de bactérias aeróbias (EBA) e turbidez, como indicadores da remoção de protozoários. Foram utilizados três filtros cerâmicos de mesmo tipo (marca), cada um equipado com um tipo de vela cerâmica: (i) tradicional, de cerâmica microporosa com a finalidade de retenção de partículas sólidas em suspensão (filtro 1); (ii) declorante, que contém em seu interior carvão ativado, com capacidade adsortiva e com a finalidade de reduzir odor, sabor e o teor de cloro (filtro 2); e (iii) esterilizante, que possui, além do carvão ativado, prata coloidal aplicada na parte interna da cerâmica microporosa (filtro 3), com a finalidade de inativação de organismos patogênicos (supostamente bactérias e vírus). As análises foram realizadas de dezembro de 2016 a junho de 2017. O enchimento dos filtros para o início de cada ensaio de filtração era realizado a partir uma amostra de 15 L de água parcialmente tratada (coletada na saída do decantador da estação de tratamento de água da UFV), homogeneizada e dividida entre cada um dos filtros (5 L de amostra por filtro). Decorrido o tempo de esvaziamento do compartimento superior dos filtros (24-96 h), eram coletadas amostras nas torneiras dos compartimentos inferiores. No total foram realizados 16 ensaios consecutivos em cada filtro, sendo as amostras de água filtrada em cada ensaio analisadas para EBA, CT e turbidez. As remoções médias de EBA, CT e turbidez foram, respectivamente: (i) 0,82; 0,46 e 0,55 log no filtro 1; (ii) 1,07; 2,59 e 0,54 log no filtro 2 e (iii) 0,63; 2,41 e 0,49 log no filtro 3. Em geral, os resultados apontaram que: (i) a remoção de EBA ocorreu de maneira mais efetiva no filtro 2; (ii) os filtros 2 e 3 apresentaram eficiência similar na remoção de CT, superior à do filtro 1; e (iii) as médias de remoção de turbidez nos três filtros foram estatisticamente iguais. A remoção de turbidez foi sempre inferior à das células (CT) e esporos de bactérias, o que sugere a ação de mecanismos outros que simplesmente a retenção física. Essa inferência se vê reforçada pelo fato que as velas cerâmicas com carvão ativado em sua composição mostraram melhores resultados na remoção microrganismos. Conclui-se, confirmando indicações anteriores de literatura, que há remoção considerável de microrganismos em filtros com velas cerâmicas e que estes se comprovam úteis no tratamento de águas com grau moderado de contaminação. Não obstante, a desinfecção da água filtrada ainda parece necessária
Palavras-chave Água para consumo humano, filtros cerâmicos, qualidade microbiológica
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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