Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7907

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Augusto da Rocha Silva
Orientador RICARDO ILDEFONSO DE CAMPOS
Outros membros Gabriela Zorzal Neves
Título Interação Azteca- Cecrópia: existe influência do tamanho da planta sobre o número de rainhas?
Resumo Cecropia sp. (Urticaceae), conhecidas como “Embaúba”, são plantas neotropicais e com um tronco oco que vivem em simbiose com formigas, especialmente do gênero Azteca (Dolichoderinae), que ocorrem em uma vasta área do Brasil, caracterizadas por construírem um ninho oval, de cartão, ou estabelecê-lo dentro do tronco de Cecropia, que foi o foco deste estudo. Dentre as diversas relações mutualísticas destas espécies, observa-se a presença do próstoma, um pequeno furo no tronco que facilita a entrada de rainhas colonizadoras, oferecendo abrigo para as formigas nidificarem em seu tronco oco e em troca estas defendem a planta de herbivoria e patógenos, de modo que ela cresça com mais vigor. O estabelecimento de colônias acontece quando a Cecropia possui por volta de um metro, com o desenvolvimento das triquílias, localizadas na base do pecíolo da folha, que produzem uma substância rica em glicogênio conhecida como Corpúsculo Mülleriano, que é fonte de alimento para as formigas Azteca. Algumas observações preliminares indicaram que plantas jovens possuem mais de uma rainha ao longo de seu tronco, e à medida que crescem, esse número tende a diminuir para uma única rainha. No entanto, não existem trabalhos que testaram essa relação. A partir disso, o objetivo do presente trabalho foi testar a existência de uma relação negativa entre o número de rainhas e o tamanho da planta. Para isso, foram amostradas 30 plantas de três localidades de Viçosa-MG: Mata do Paraíso e Mata da Biologia, ambas pertencentes à Universidade Federal de Viçosa, e uma região próxima à cidade de Coimbra. Foi medida a altura, o diâmetro das plantas e o número de rainhas presentes. Após a coleta de dados, foi feito um GLM que demonstrou que existe uma relação negativa entre o tamanho da planta e número de rainhas (Deviancia1,50 =16,68; p<0,001). A partir disso é possível concluir que ao longo do crescimento a Cecropia perde colônias de Azteca, restando apenas uma que passa a ocupar maior parte do tronco oco.
Palavras-chave Azteca, Cecropia, Simbiose
Forma de apresentação..... Painel
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