Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7888

ISSN 2237-9045
Instituição Faculdade de Ciências e Tecnologia de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia Civil
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Carolina Dias Baêsso
Orientador Eduardo Souza Cândido
Outros membros Gustavo Armando dos Santos, ROBERTO FRANCISCO DE AZEVEDO
Título Avaliação do comportamento das curvas de retenção de água no solo determinadas pelos métodos do papel filtro e centrífuga
Resumo A teoria clássica da Mecânica dos Solos ocupa-se do comportamento de solos em condições saturadas ou eventualmente secos. No entanto, muitos projetos geotécnicos envolvem solos em condições não saturadas. Para caracterizar o comportamento dos solos nesta condição é necessário o conhecimento de três variáveis: o teor de umidade volumétrico, a sucção e o coeficiente de permeabilidade. A relação entre o teor de umidade volumétrico e a sucção é conhecida como curva de retenção de água (CRA) e a relação entre a sucção e a permeabilidade é dada pela função de condutividade hidráulica (FCH). Para determinar a CRA existem diversas técnicas, tais como a do psicrômetro, papel filtro, tensiômetros, translação de eixos, condutividade térmica e centrífuga. A grande parte destes procedimentos demanda um tempo (semanas ou meses) elevado para determinação completa da CRA, diferentemente da centrífuga, onde a CRA pode ser determinada em algumas horas ou dias. Com o objetivo de comparar as CRA obtidas por dois diferentes métodos, o trabalho apresenta as curvas experimentais de três diferentes solos (arenoso, siltoso e argiloso) determinadas por meio das técnicas do papel filtro e centrífuga. No método da centrífuga os corpos de prova (CPs) previamente saturados são submetidos a uma centrifugação, e consequente valor de sucção, que promove uma drenagem mais rápida do fluido contido nos poros do solo. A cada velocidade de rotação, e em tempos pré-determinados, pesa-se as amostras para se calcular o teor de umidade volumétrico e assim obter a curva de retenção de água no solo. O método do Papel Filtro consiste na moldagem, saturação e secagem dos CPs até determinados valores de grau de saturação (Sr). Ao atingir o Sr desejado os CPs são colocados diretamente em contato com o papel filtro e levados para câmara úmida com o objetivo de que toda a água nos poros da amostra seja absorvida pelos poros do papel filtro; atingindo assim o equilíbrio. Após 7 dias determina-se a umidade do papel filtro e com a curva de calibração do mesmo determina-se a sucção, e consequentemente a CRA. Com as curvas ajustadas por diferentes modelos apresentados na literatura, pode-se observar que todos estes se ajustaram bem aos pontos experimentais, com erros de no máximo 3% (solo arenoso). Quando se comparou as curvas dos mesmos solos determinadas por diferentes técnicas, pode-se constatar que as curvas se apresentam bem próximas e que os parâmetros dos modelos obtidos pelas duas técnicas não apresentam erros superiores a 5%. Com a realização deste trabalho pode-se concluir que a técnica da centrífuga é uma interessante alternativa na determinação das CRA, uma vez que em poucas horas pode-se obter os resultados. Em contra partida, a técnica se mostra ineficiente para obtenção dos pontos residuais da curva devido a limitação do equipamento. Já o método do papel filtro se mostrou ineficiente na determinação dos pontos iniciais da curva devido a limitação de sucção pelo papel filtro.
Palavras-chave Curvas características de sucção, Solos não saturados, CRA
Forma de apresentação..... Painel
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