Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7872

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fitotecnia
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Maria Carolina de Abreu Teles
Orientador Waldênia de Melo Moura
Outros membros Adriene Woods Pedrosa, Camilla Sena Silva, Laurindo Pimentel da Silva, Léo Gustavo Cantoni
Título Cafeeiros arábica arborizados com frutíferas em Oratórios, MG.
Resumo Em função do aumento da demanda por produtos produzidos de forma sustentável e da busca por tecnologias que amenizem os efeitos das mudanças climáticas, a arborização dos cafezais vem como uma alternativa de atenuar ocorrências climáticas extremas, além de melhorar as condições do solo e agregar fonte de renda extra ao cafeicultor. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar cultivares de café arábica em sistema arborizado. O experimento foi instalado no Campo Experimental Vale do Piranga da EPAMIG, no município de Oratórios, MG, em delineamento de blocos ao acaso com 22 cultivares e três repetições. As parcelas foram constituídas de 7 plantas, com espaçamento de 0,7 x 3,6 m, entre plantas e fileiras, respectivamente. Plantaram-se bananeiras nas linhas dos cafeeiros espaçadas em 11,80 m e abacateiros nas extremidades da área experimental espaçados em 25 x 25 m. As adubações foram realizadas com adubo químico com base nas análises de solo e a necessidade da cultura. Foram avaliadas em 2017 as características: vigor vegetativo, com notas de 1 a 10; severidade de ferrugem (Hemilea vastatrix), com notas de 1 a 5; severidade de cercosporiose (Cercospora caffeicola), com notas de 1 a 5; intensidade de seca de ponteiro, com notas de 1 a 4; severidade do ataque de bicho-mineiro (Leucoptera cofeella), com notas de 1 a 5; produtividade, em sacas de 60kg de café beneficiado ha-1 (scs ha-1) e percentagem de frutos com lojas vazias. Em relação à severidade de ferrugem, as cultivares foram divididas em duas categorias, com sintomas ausentes nas cultivares com resistência ou tolerância genética ao patógeno e poucos sintomas naquelas suscetíveis. Para a severidade de cercosporiose, apenas a cultivar Obatã IAC 1669-20 apresentou sintomas moderados, enquanto as demais apresentaram poucos sintomas. Quanto à severidade do ataque de bicho mineiro, verificaram-se poucos sintomas em todas as cultivares. Apenas 27% das cultivares obtiveram moderada seca de ponteiro, ao passo que nas demais foram observados poucos sintomas. Este fato pode estar associado às condições edafoclimáticas favoráveis conferidas pelo sistema arborizado, uma vez que permite maior absorção de água pelo solo, auxilia no desenvolvimento da microbiota e promove redução da temperatura do ambiente, evitando quadros de estresse pela planta. A maioria das cultivares apresentou valor satisfatório (<10%) para a percentagem de frutos com lojas vazias. A produtividade variou de 5,24 a 21,36 scs ha-1, sendo que a cultivar Icatu Vermelho IAC 4045-47 foi a mais produtiva, próximo à média brasileira estimada para 2017, de 24,35 scs ha-1. O sistema arborizado propicia boas condições edafoclimáticas ao cafeeiro. Agradecimentos ao Consórcio Pesquisa Café e a FAPEMIG pelo apoio financeiro do projeto e pelas bolsas concedidas aos autores.
Palavras-chave Coffea arabica, características morfoagronômicas, cultivo arborizado
Forma de apresentação..... Painel
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