Resumo |
Introdução: Os Agentes Comunitários de Saúde possuem papel primordial na Atenção Básica, pois são os mediadores entre a equipe de saúde e a comunidade. As suas atribuições estão descritas na Portaria n 1.886/1997, como o conhecimento do território e a prevenção e promoção da saúde por meio de ações educativas realizadas em domicílio ou junto às coletividades. Diante do exposto, é essencial que esses profissionais de saúde possuam um conhecimento teórico e prático adequado, para serem capazes de realizar ações educativas de acordo com a demanda da população da sua microárea. Assim, a educação permanente é uma ferramenta essencial, que promove aprimoramento crítico e que efetiva a mudança da assistência, que deve ser condizente com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Relatar a experiência da atividade extensionista de educação permanente com os Agentes Comunitários de Saúde sobre climatério. Descrição das ações: No dia 19/05, no IMAS, foi ministrada uma oficina sobre climatério pelos membros do projeto para demonstrar os principais passos e estratégias que podem ser realizadas em um grupo educativo. No primeiro momento, realizamos uma dinâmica “quebra-gelo”, onde cada um possuía um crachá com o seu nome e deveria explicar sua origem. O objetivo dessa estratégia foi melhorar a interação entre os participantes. No segundo momento, foi realizada a “dinâmica da teia” com o auxílio de um barbante, na qual cada um deveria falar sobre o climatério e jogar o barbante para outro colega. O objetivo dessa dinâmica foi identificar o senso comum sobre o tema e, posteriormente, conduzir uma abordagem teórica sobre o climatério. No terceiro momento, uma boneca de papel foi usada para mostrar as partes do corpo da mulher; cada participante escreveu num pedaço de papel um sintoma referente ao climatério e colocou na parte do corpo da boneca. O objetivo dessa estratégia foi a visualização da anatomia e fazer um levantamento dos sintomas conhecidos pelos participantes. Por fim, foram discutidas as terapias de acordo com os sintomas expostos por meio de uma discussão. Durante o processo, os alunos explicavam porquê da escolha do tema, das dinâmicas, dos materiais utilizados e descreviam como ocorreu o planejamento do grupo. No final da oficina, os agentes de saúde receberam uma cópia de um modelo de planejamento de grupos educativos para auxiliá-los numa futura abordagem. Resultados: A educação permanente mostrou-se como instrumento eficaz para o aprimoramento teórico e conceitual dos agentes de saúde, que ao final da oficina aprenderam como planejar um grupo educativo e como escolher os melhores temas e estratégias para serem implementadas de acordo com o público-alvo. Conclusão: A oficina foi dialógica e participativa e contribuiu para o desenvolvimento da prática do ACS’s por meio de uma abordagem interativa, estes passaram a se apoderar de autonomia quanto a realização e a organização de grupos educativos nas Unidades Básicas de Saúde. |