Resumo |
Introdução: A maioria dos pacientes hospitalizados necessita da terapia intravenosa (TI) para realizar o tratamento de suas enfermidades. Para isso, faz-se necessário a manutenção de um cateter venoso periférico (CVP) pela equipe de enfermagem. Alguns pacientes recebem TI intermitente, necessitando manter seu CVP salinizado, para que o mesmo não se perca. A salinização é uma ‘’lavagem’’ em que se administra solução salina (soro fisiológico a 0,9%) sob uma pressão positiva, logo após o término da infusão de um medicamento. Ela é utilizada para manter o CVP pérvio entre uma administração e outra de medicações, nomeando-o assim de cateter periférico intermitente (CPI). Diante do exposto, questiona-se “As boas práticas da equipe de enfermagem na salinização do CPI do paciente influenciam na manutenção do mesmo?”. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre as boas práticas da equipe de enfermagem na salinização e manutenção do CPI do paciente. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de análise literária com caráter qualitativo. O levantamento das informações e dados foram realizados em bases de dados da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Eletronic Library Online, Biblioteca Virtual em Saúde e Google acadêmico. Não foi feito recorte temporal na pesquisa devido a escassez de literatura do tema. Utilizou-se como palavras-chave os termos "salinização", "solução salina", "cateterismo periférico", "CPI" e "cuidados de enfermagem" e o operador booleano "AND". Após leitura exploratória dos resumos, foram selecionados sete artigos que abordavam a temática do estudo. A partir dos artigos selecionados, foi realizada uma leitura crítica e interpretativa, a fim de relacionar as informações e ideias dos autores com o objetivo do estudo. Resultados: O uso de boas práticas na salinização e manutenção do CPI estão relacionados à redução da perda de medicamentos por via intravenosa, a menor ocorrência de interações medicamentosas intravenosas, de infecções no sítio de inserção dos cateteres, de ocorrência de fibrinas, trombos e extravasamento sanguíneo e medicamentoso no local da punção venosa. Nota-se também que a utilização de soro fisiológico a 0,9% na manutenção do CPI é vantajosa devido a inexistência de riscos para o paciente, de incompatibilidade com drogas e por apresentar baixo custo para os hospitais. Conclusões: As boas práticas na salinização e manutenção do CPI do paciente estão diretamente relacionadas aos cuidados de enfermagem. É responsabilidade da equipe de enfermagem salinizar o CPI antes e após a administração de medicações no paciente, bem como evitar riscos de contaminação do cateter durante sua punção e manipulação, garantindo assim a segurança do paciente. |