Resumo |
A produtividade média da soja brasileira encontra-se estagnada desde a ultima década devida, principalmente, pela adoção de genótipos mais precoces que possibilita o plantio da segunda safra. Tornou-se assim, necessária a busca por novas estratégias na seleção de genótipos mais produtivos. Essencialmente existem duas estratégias básicas para o desenvolvimento de novas variedades de soja. A primeira consiste no aumento da capacidade produtiva pela seleção de plantas com maior massa média de grãos, elevado número de vagens e/ou maior número de sementes por vagem. A segunda estratégia para o desenvolvimento de plantas mais produtivas busca o aumento da produção de biomassa total, tanto da parte vegetativa quanto da reprodutiva, sem alterar a relação entre elas, resultando assim, na modificação da arquitetura da planta. Considerando que o modelo matemático que explica a produção de grãos em soja é dado por: P=NV×NSV×PMS em que, P corresponde à produção, NV ao número de vagens por planta, NSV ao número de sementes por vagem e PMS ao peso médio de uma semente, podem ser obtidos incrementos na produtividade com aumento do número de vagens por planta e também do número de nós. O incremento dessa última característica pode ser obtido com a seleção de plantas com maior capacidade de emissão de ramos laterais. Com efeito, a busca por genótipos com maior capacidade de ramificação poderão resultar em variedades mais produtivas. Desta forma, os objetivos desses estudos foram estimar parâmetros genéticos para a capacidade de emissão de ramos na soja, bem como avaliar a eficiência da seleção de materiais com essa característica na busca de genótipos mais produtivos, em uma população desenvolvida para obtenção de materiais precoces e produtivos. Para estimar o ganho esperado na seleção, foram utilizadas 200 linhagens na geração F3, o delineamento, nos dois experimentos, foi de famílias sem repetições, intercaladas com testemunhas, com repetições, conduzidas em campo experimental. Concluiu-se que existe variabilidade genética para capacidade de emissão de ramos laterais em soja, contudo, a seleção buscando intensificar ou reduzir tal característica não implica na obtenção de ganhos em produção. |