Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7736

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG/Balcão
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Karina Rafaela Ramos
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros Núbia de Souza de Morais, Valter Paulo Neves Miranda
Título Influência da mídia na avaliação negativa da imagem corporal de adolescentes do sexo feminino
Resumo A imagem corporal pode ser definida como a forma que o indivíduo se percebe, se sente e se comporta em relação ao seu corpo. A valorização da mídia por um corpo magro e sem acúmulo de gordura pode ser considerada a forma física perfeita pelas mulheres. Desta forma, a avaliação negativa da imagem corporal pode ter mais chances de se manifestar naquelas que julgam não possuir este tipo corporal divulgado pelos veículos de comunicação. Adolescentes do sexo feminino são mais propícias a internalizarem este tipo de corpo perfeito que aparece na televisão, revistas e internet, por isso, a mídia pode ser considerada um dos principais fatores na manifestação dos distúrbios da imagem corporal nesse público. Neste sentido, o objetivo do estudo foi avaliar a influência da mídia na avaliação negativa da imagem corporal de adolescentes do sexo feminino. Foi um estudo transversal, com adolescentes do sexo feminino de 14 a 19 anos de idade do município de Viçosa-MG. Este trabalho faz parte de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (número do parecer 700.976). A primeira etapa do estudo ocorreu na escola, onde foram coletadas informações sociodemográficas. A segunda na Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa, onde avaliou-se a influência da mídia na imagem corporal, pelo questionário Sociocultural Attitudes Towards Appearance Questionnaire – 3 (SATAQ-3), e a insatisfação e distorção corporal analisados pelo Body Shape Questionnaire (BSQ) e pela escala de Silhuetas. Os dados foram digitalizados em dupla entrada no software Excel e analisados no programa estatístico SPSS, versão 20.0. Realizou-se testes descritivos, de associação e de correlação entre as variáveis. A amostra foi composta por 405 adolescentes, média de idade de 15,92 (±1,27) anos. A avaliação do SATAQ-3 mostrou que a mídia influenciou na avaliação negativa da imagem corporal de 51,41% das adolescentes. A maioria apresentou distorção corporal (52,87%), dessas, 27,18% se percebiam maiores que realmente eram (distorção negativa). O BSQ obteve pontuação média de 85,14 (±33) pontos, 47,3% das adolescentes apresentaram insatisfação com o peso corporal, dessas, 7,98% com insatisfação grave. As adolescentes mais insatisfeitas com a silhueta atual apresentaram-se mais influenciadas (p = 0,001) pela mídia a terem avaliação negativa da imagem corporal, diferentemente daquelas com distorção corporal, onde não foi encontrada diferença (p = 0,654). Em relação a insatisfação com peso, percebeu-se que as meninas classificadas com os maiores níveis de insatisfação (moderada e grave) foram àquelas mais influenciadas pela mídia a terem problemas com avaliação da imagem corporal (p<0,001). Assim, conclui-se com este estudo que a maioria das adolescentes se mostrou influenciada pela mídia a se sentirem mais insatisfeitas com a imagem corporal. Já em relação à distorção corporal, os resultados não mostraram diferença.
Palavras-chave Influência, imagem, adolescentes
Forma de apresentação..... Painel
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