Resumo |
Nos equinos, a sudorese decorrente de atividades físicas pode promover perdas significativas de água e eletrólitos, além do gasto energético excessivo. Para atenuar esses déficits causados por essas atividades, existem elementos fundamentais que devem estar presentes na recomposição da homeostase orgânica: água, eletrólitos e fontes de energia. Objetivou-se com o presente estudo avaliar as possíveis alterações no perfil bioquímico decorrentes do treinamento de marcha, assim como os efeitos da ingestão voluntária de repositores hidroeletrolíticos e energéticos após o exercício. Os repositores tinham na sua composição os principais eletrólitos perdidos pela sudorese como sódio, potássio, cloreto, cálcio e magnésio, além de sacarose, dextrose e maltodextrina. Foram utilizados oito equinos da raça Mangalarga Marchador em treinamento de marcha, de ambos os sexos, com idade entre cinco e 10 anos. Os animais foram montados pela manhã e treinados em pista de terra batida plana, onde realizaram 10 minutos de aquecimento ao passo, seguidos de 45 minutos ininterruptos de marcha. Após o treinamento receberam um banho, e em seguida foram direcionados para suas baias individuais nas quais permaneceram durante quatro horas. Durante esse período foram ofertados ad libitum os tratamentos: Controle - água potável; Repositor hidroeletrolítico e energético A; Repositor hidroeletrolítico e energético B; e Repositor hidroeletrolítico e energético C. Os animais foram distribuídos nos quatro tratamentos em sistema de dois Quadrados Latinos 4 x 4 em parcelas subdivididas (Split plot), com intervalo entre os ciclos de tratamento de 48 horas. A avaliação laboratorial ocorreu nos seguintes tempos: T0 – cinco minutos antes do início do exercício; T1 – até cinco minutos após o término do exercício; T2 - duas horas após o início da oferta dos tratamentos e T4 - quatro horas após o início da oferta dos tratamentos. Foram mensurados os valores sanguíneos de sódio, potássio, cloreto, cálcio, magnésio, fósforo, glicose e lactato. Conclui-se que os repositores A, B e C foram capazes de manter as concentrações eletrolíticas e energéticas desejáveis, e podem ser considerados seguros pois não causaram efeitos indesejados diante de desequilíbrios homeostáticos discretos gerados pelo exercício nos animais. |