Resumo |
O número de idosos no Brasil e no mundo cresce aceleradamente, cujo fenômeno se justifica principalmente pela menor taxa de mortalidade, pelos avanços da medicina e pela melhoria da qualidade de vida da população. Diante desse crescimento, surge a necessidade de pesquisas que possibilitem o maior entendimento sobre as especificidades que envolvem esta faixa etária. Nesse contexto, buscou-se analisar as imagens, vídeos e discursos referentes ao idoso, divulgados nas redes sociais virtuais Facebook e Whatsapp, verificando se seus conteúdos reportam à pessoa idosa de forma respeitosa ou discriminatória, reforçando ou negando estereótipos ligados à velhice. Considerando que essas mídias são relevantes veículos de comunicação de massa, utilizadas por pessoas de todas as idades, elas refletem diversos aspectos da culturas, além de constituírem importantes formadores de opinião. Por meio dessas redes sociais, os usuários compartilham pensamentos e reproduzem atitudes, a partir de um aparelho coletivo formador de diversos aspectos da vida social. Essas mídias possibilitam ainda que os sujeitos se definem para si e para o outro, revelando sua identidade e postura enquanto ser social, de acordo com a decisão de deletar ou reencaminhar as mensagens para o seu grupo de convivência virtual. Dessa forma, as referidas redes se configuram como um espaço em que seus usuários demonstram não só o que gostariam de ver, mas revelam seus gostos, seu comportamento, sua opinião sobre questões cotidianas, excluindo ou ignorando o que não lhes interessa ou não concordam e compartilhando o que consideram conveniente ou relevante. Em termos metodológicos, a pesquisa é do tipo qualitativa mediante a qual arquivou-se as postagens recebidas pelo Facebook e Whatsapp nos anos de 2016 e 2017, realizando uma análise interpretativa de seus conteúdos, identificando como a pessoa idosa é representada nessas mensagens. Os variados formatos de mensagens divulgados por essas mídias têm o poder de moldar os valores e as crenças de uma sociedade, configurando-se como pedagogias culturais que possibilitam construir e reconstruir as representações coletivas, as identidades e as subjetividades. Diante do poder de persuasão das mídias Facebook e Whatsapp, que são utilizadas por habitantes de quase todo o mundo, muitas são as influencias que elas exercem sobre um indivíduo, formatando suas percepções e seus gostos, considerando que as representações sobre a velhice podem variar conforme as idades e as influências recebidas. |