Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7707

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gustavo Alexandre Alves Batista
Orientador ADRIANA DA SILVA
Outros membros Larissa Soares Silva, Layssa Aparecida Abrantes, Leonardo Ferreira Campos Spadetto, Paolla Helena Alves
Título Os problemas e desafios do ensino de química no ensino médio das escolas públicas
Resumo Compreendermos as dificuldades encontradas por uma parcela majoritária dos alunos no ensino de Química faz-se importante para futuros professores. Esse artigo teve como público alvo os discentes do curso de Química da disciplina de LET 104 – Oficina de Leitura e Produção de Gêneros Acadêmicos, ofertado no 1º semestre do ano de 2017. O presente estudo objetivou verificar as concepções de alunos e professores sobre o ensino de Química. Para isso, buscamos entender os desafios e problemas de se ensinar Química em instituições públicas, pois é perceptível o grande desinteresse e a dificuldade por parte de muitos discentes relacionados à assimilação e ao entendimento dos conteúdos da disciplina em questão. A sua elaboração justifica-se, também, na necessidade de analisar quais as metodologias de ensino-aprendizagem são adotadas pelo professor de química e suas influências no processo de ensino-aprendizagem dos discentes. Para a construção desse artigo foi realizada a pesquisa descritiva, a amostra procedimental utilizada deu-se através da aplicação de um questionário composto de perguntas abertas e fechadas aos alunos de uma escola pública em Coimbra, na Zona da Mata Mineira em concomitância com os dados coletados em entrevista ao professor de química dessa escola e outro docente de outra instituição pública localizada na cidade de Ponte Nova, também no estado de Minas Gerais. De posse das respostas, foram listados alguns desafios e dificuldades, tais como: o desinteresse dos alunos na disciplina, a falta de inovação dos professores em novos meios didáticos, entre outros. Destacam-se as relações com as práticas didáticas, constatando, em sua maioria, apenas a ocorrência de “aulas teóricas”, “aulas experimentais” e “aulas de exercício”. Tal aspecto, aliado ao número excessivo de conteúdo e poucos recursos didáticos disponíveis para transmitir o ensino, é compreensível que o professor opte por métodos mais tradicionais em ambiente escolar, o que nos leva a assumir o pensamento pressuposto de que a frustração e o desinteresse de grande parte dos alunos estão diretamente relacionados a maneira como os docentes abordam os temas nas aulas, ao invés do conteúdo de fato. Como conclusão, chega-se ao resultado de que toda a desestruturação na educação se reflete principalmente nas salas de aula, onde as partes do tripé educação não assumem com responsabilidade seus papéis, tornando-se cada um deles a causa e a consequência de tal problemática: o discente se vê deslocado de sua realidade, imerso num ambiente estratificado, sem perspectiva e, por consequência, torna-se incapaz de se projetar como um ser pensante e tomador de opinião em sala. O professor, por sua vez, ao sentir-se desvalorizado e desmotivado por parte do Estado, passa, em inúmeros casos, a exercer a sua atividade laboral em condições estruturais deploráveis e arcaicas e o Estado, por fim, deixando de cumprir com o seu papel e mantendo o mesmo ciclo vicioso por longos anos.
Palavras-chave ensino, Química, educação
Forma de apresentação..... Painel
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