Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7696

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação Física
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Renan da Silva Mendonça
Orientador MARIANA CALABRIA LOPES
Outros membros AMANDA PIAIA SILVATTI
Título Análise do comportamento defensivo de jogadores de basquetebol em uma situação reduzida de 1x1
Resumo A interação entre atacante e defensor no basquete tem dinamismo e complexidade elevada. O defensor tem por objetivo dificultar as inúmeras ações que o atacante pode realizar em situação real de jogo. Este estudo teve como objetivo analisar o comportamento do jogador de defesa em uma situação reduzida de jogo (1x1) no basquetebol.
Nove atletas universitários do sexo masculino (25,11±3,76 anos, 77,55±11,53 kg, 1,78±0,90 m) com experiência formal no basquetebol (12,00±3,04 anos) jogaram em situação reduzida de 1x1 (oportunidade de pontuar). O tempo máximo para cada ensaio foi de 10 segundos. O espaço de jogo foi delimitado em uma área de 4x8 metros (largura x comprimento). Os ensaios foram filmados por 15 câmeras OptiTrack Prime 17W, 120Hz. 4 marcadores retrorreflexivos foram fixados sobre o quadril de cada voluntário, delimitando-o. A partir das coordenadas 3D dos marcadores, foi calculado o centro de massa (CM) de cada atleta. Foram calculadas as variáveis lineares: tempo de iniciação (TI), pico de velocidade médio-lateral (PVML), tempo para alcançar o pico de velocidade médio-lateral (TPVML) de acordo com FUJII (2014). Para análise dos resultados os ensaios foram classificados em ensaios de penetração, no qual houve penetração do atacante e ensaios de guarda em que não houve penetração.
Os resultados demonstraram que nos ensaios de guarda, os defensores iniciaram seus movimentos mais cedo (diferença do TI = 182±166 ms) e moveram-se mais rápido (diferença do TPVML = 90±150 ms) do que nos ensaios de penetração (diferença do TI = 494±288 ms; diferença do TPVML velocidade = 200±297 ms). O atraso visual-motor (tempo de iniciação) foi mais lento do que o encontrado em um estudo menos ecológico [1], tanto nos ensaios de guarda quanto de penetração. O tempo pode ser maior caso o defensor antecipe erroneamente, podendo perder o equilíbrio devido um movimento de finta de arremesso ou drible do atacante [1] e também devido realização do estado não-ponderado ou ponderado de preparação[2]. A média do PVML dos defensores foi maior nos ensaios de guarda, demonstrando que os mesmos se moveram mais rápido no eixo látero-lateral com intuito de parar o drible do atacante ou força-lo a realizar a troca de direção, evitando o progresso do atacante. Entretanto, a média do pico de velocidade dos defensores (2,02±0,57 m/s) foi menor que a dos atacantes (2,29±0,60 m/s) nos ensaios de guarda diferente do estudo realizado por FUJII (2014).
Este estudo sugere que as variáveis de TI, TPVML e PVML são variáveis/estratégias para que o defensor obtenha sucesso em uma situação real de jogo, 1x1, porém ainda é necessária uma análise do foco de atenção do defensor para compreender o que aumenta o delay do tempo de iniciação do defensor em um situação mais realística do jogo de basquetebol.
Palavras-chave comportamento defensivo, situação de 1x1, basquetebol
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.