Outros membros |
Carina Ribas Monteiro, Edi Perpétua Duarte Araújo, Élton Luiz Rodrigues Gomes, Ivanete Macedo de Freitas, Lívia Mara de Oliveira Lara, Luisa Pereira Bittencourt, Maria das Graças Miranda da Silva, Maria Rosânia Lopes Duarte |
Resumo |
Este projeto surge a partir da demanda da Escola Família Agrícola Puris (EFA-Puris) localizada na comunidade de São Joaquim, zona rural de Araponga/MG. A escola, desde a sua fundação em 2008, reconhece as plantas medicinais como parte da cultura local e desenvolve atividades como o cultivo da horta medicinal em Mandala e a trilha de turismo ecológico com plantas medicinais identificadas. A EFA desde 2010 em parceria com Projetos de Extensão da UFV oferece aos estudantes o curso de Homeopatia aplicada a Agroecologia e o Encontro de Partilha de Experiências em Homeopatia, Plantas Medicinais, Agroecologia e Qualidade de Vida. Este projeto tem como objetivo resgatar, registrar, valorizar e divulgar a cultura popular local sobre plantas medicinais e práticas de auto condução da saúde; a implementação da “Farmácia Viva” na escola; a integração dos saberes tradicionais e científicos, o diálogo entre a universidade, a escola e a comunidade; a capacitação e o ensino aprendizagem significativo das Ciências da Natureza na Educação do Campo. As ações são desenvolvidas junto aos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio e monitores, bem como nas comunidades de origem dos estudantes. Os estudantes fizeram o levantamento de pessoas da comunidade, conhecedoras de plantas medicinais, visando entrevistá-las. Para execução das entrevistas aguarda-se a liberação da CEP/UFV. Os estudantes foram motivados a coletar no quintal de suas casas e dos seus vizinhos, materiais propagativos de plantas visando incremento da diversidade da horta medicinal e da mata da EFA. A horta medicinal é parte da proposta “Farmácia Viva na escola” que visa prover recursos para o bem estar da comunidade escolar. Por meio de “círculos de cultura” bem como da “caixa de sugestão”, foi levantado junto aos estudantes e monitores as demandas de capacitação em plantas medicinais e práticas populares de auto condução da saúde. A partir dessas demandas, estão sendo planejadas oficinas. Na realização destas oficinas serão convidados conhecedores locais de plantas, guardiões de saberes da cultura popular. Já foi realizada a oficina de manipulação de remédios caseiros. Foram produzidas pomadas, xaropes e tinturas, a partir das plantas medicinais da escola, compondo a Farmácia Viva, que vem se tornando parte do cotidiano da escola. Estão previstas cinco oficinas para o segundo semestre de 2017. Visando à valorização da cultura popular nas escolas do campo, periodicamente estão sendo realizadas “rodas de conversa” com os monitores de Biologia e Agroecologia de modo a refletirem sobre o potencial das plantas medicinais como tema gerador e na interdisciplinarização dos conteúdos das Ciências da Natureza, a partir das realidades locais, respeitando e integrando as diversidades de saberes e conhecimentos. Verifica-se que os estudantes e monitores estão motivados com as ações já realizadas. A Farmácia Viva tem sido meio de articular conhecimentos populares e científicos e como proposta de educação do campo. |