Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7656

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Raquel Diniz Marques
Orientador MARIA AUGUSTA LIMA SIQUEIRA
Outros membros Rafaela Dutra Marques
Título AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE INSETICIDA SOBRE O COMPORTAMENTO DE Plebeia lucii (HYMENOPTERA, APIDAE: MELIPONINA)
Resumo As abelhas são os principais insetos responsáveis pela polinização. No entanto, o uso indiscriminado de defensivos agrícolas vem causando a morte desses insetos que são indispensáveis ao meio ambiente. Portanto, o nosso objetivo foi avaliar se o bioinseticida espinosade, de ação neurotóxica, reduz a sobrevivência ou causa alterações no voo de operárias da abelha sem ferrão Plebeia lucii. Para isso, realizamos bioensaios de exposição oral no qual operárias forrageadoras foram coletadas na entrada das colônias. Posteriormente, elas foram transferidas para o laboratório, onde permaneceram em jejum por um período de 12 horas antes do início dos experimentos. As abelhas foram acondicionadas a temperatura e umidade semelhantes às da colônia (28 ± 2°C; 75 ± 5 % UR). Durante um período de 72 horas, as operárias foram expostas a quatro concentrações do bioinseticida espinosade (81,6, 4,08, 1,63, e 0,82ng i.a./μl) e à concentração recomendada para uso em campo do neonicotinóide imidaclopride(42ng i.a./μl), utilizado como um controle positivo, além do controle negativo à base de solução de água e sacarose (1:1). Para cada tratamento foram expostas cinco abelhas de 10 colônias (i.e., 10 repetições), totalizando 50 abelhas avaliadas por tratamento. A sobrevivência durante o período de exposição foi avaliada a cada 12 horas e os testes de recuperação de voo foram realizados logo após o término da exposição. Após as primeiras 12 horas de exposição, todos os indivíduos expostos ao imidaclopride e 92% daqueles expostos a maior concentração do espinosade (81,6ng i.a./μl) estavam mortos. Ao final das 72 horas de exposição, as concentrações de 4,08, 1,63 e 0,82 de espinosade/μl apresentaram mortalidade de 76, 28 e 10% dos indivíduos, respectivamente. O voo das operárias expostas à concentração de 1,63 de espinosade/μl foi prejudicado em relação ao voo das operárias submetidas à concentração de 0,82 ng i.a/μl e ao controle negativo. Não foram realizados testes de voo com as operárias dos outros tratamentos devido à alta mortalidade. Concluímos que a exposição ao bioinseticida espinosade reduz a sobrevivência e causa alterações no voo de operárias forrageiras de Plebeia lucii mesmo em concentrações mais baixas.
Palavras-chave abelhas sem ferrão, biopesticidas, polinizadores
Forma de apresentação..... Painel
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