Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7652

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Patrícia Amaro Andrade
Orientador CARLA DE OLIVEIRA BARBOSA ROSA
Outros membros HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF, ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Título Consumo de frutas e hortaliças e adiposidade em mulheres obesas
Resumo Introdução: A obesidade é caracterizada por excesso de gordura, sendo que o padrão alimentar pode influenciar no controle do peso corporal. Nesse contexto, as frutas e hortaliças (FH) possuem vitaminas e outros componentes bioativos capazes de modular o estresse oxidativo e estado inflamatório presente na obesidade. Objetivo: Estimar o consumo de FH, de vitaminas e associá-lo com indicadores de adiposidade em mulheres obesas. Metodologia: Estudo transversal de caráter descritivo e analítico realizado com 132 mulheres obesas (idade 43,0 ± 9,7 anos; IMC 50,9 (46,9-54,8) kg/m²), assistidas pela Equipe de Terapia Nutricional da Obesidade Grave (ETNO) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais previamente aprovado pelo comitê de ética da UFMG (nº1.966.953). O peso foi aferido em balança plataforma e a altura em antropômetro acoplado à balança e posteriormente o IMC foi calculado. O excesso de peso foi calculado subtraindo o peso atual pelo peso ideal (calculado multiplicando o IMC de 24,9 kg/m² valor máximo recomendado pela OMS pela altura elevada ao quadrado). A análise do consumo de FH e das vitaminas A, C, D e E foi realizada mediante recordatório 24 horas. A adequação do consumo de FH foi avaliada de acordo com a recomendação da OMS (≥ 400g/dia) e a de vitaminas, de acordo com as Dietary Reference Intakes A normalidade das variáveis foi testada por Shapiro-Wilk, a análise descritiva representada por frequência absoluta, relativa e mediana (p25-p75), as correlações realizadas pelo teste de Spearman. A fim de reduzir a assimetria, as variáveis foram transformadas em log. Para todas as análises adotou-se p<0,005, o software utilizado foi o SPSS 20.0. Resultados: Na amostra estudada, foi observada uma inadequação para consumo de FH de 77,9%, com consumo mediano de 203,1g/dia (86,6-368,1). O consumo de vitaminas abaixo do recomendado foi expressivo, 63,6% vitamina C, 92,4%, vitamina E, 66,7% vitamina A e 98,5% vitamina D. Um maior consumo de frutas se correlacionou com maior consumo de vitaminas C (rho=0,677;p<0,001) e A (rho=0,218;p=0,012), enquanto que um maior consumo de hortaliças se correlacionou com maior consumo de vitaminas C (rho=0,440;p<0,001), A (rho=451;p<0,001) e E (rho=434;p<0,001). O peso mais elevado (rho=-0,213;p=0,015), maior excesso de peso (rho=-245;p=0,005), maiores valores de IMC se correlacionaram com menor consumo de frutas (rho=-259;p =0,003) e menor ingestão de vitamina A (rho=-195;p=0,026). Conclusões: Nesse estudo, o consumo de FH se correlacionou negativamente com indicadores de adiposidade (IMC, peso e excesso de peso) e positivamente com vitaminas de reconhecido papel antioxidante (vitaminas A, C e E), indicando a relevância de estratégias nutricionais para estimular o consumo desse grupo de alimentos entre os obesos.
Palavras-chave Obesidade, estresse oxidativo, inflamação
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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